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Novo caso de covid-19 amplia alerta nas mecânicas de PG

O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, se mostrou preocupado com o sexto caso de confirmado de covid-19 no município. O paciente tem mais de 60 anos de idade, é motorista de caminhão, e teria contraído a doença durante sua última viagem, após passar por Minas Gerais e São Paulo. Embora não seja possível precisar como ocorreu o contágio, Rangel, em seu programa de rádio de terça-feira (14), supôs que possa ter ocorrido em uma oficina de reparação de veículos, provavelmente com base no relato do paciente.

Diante disso, o prefeito reforçou o uso de máscaras como uma medida de prevenção contra o contágio pelo novo coronavírus. A recomendação divide opiniões, como quase tudo que envolve a covid-19. John Ralph Reis, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Campos Gerais (Sindirepa Campos Gerais), destaca que as medidas de prevenção estão sendo adotadas desde as primeiras notícias da pandemia. Mas cumprir as orientações nem sempre é fácil.

“Nem sempre estamos encontrando máscara e álcool gel para comprar”, diz. E ele lembra que existe muita divisão entre os funcionários que consideram realmente necessário usar os equipamentos de segurança contra o contágio. “Temos junto ao sindicato cerca de 400 empresas sindicalizadas, com mais de 2,4 mil mecânicos. Nenhum está afastado do trabalho com sintomas gripais”, comenta, apontando que a própria existência da doença é motivo de questionamento pelos profissionais do segmento.

O sindicato encaminhou às empresas uma carta com 15 recomendações para aumentar a proteção dos funcionários, o que inclui o uso de equipamentos e a adoção de medidas adicionais de higiene no dia a dia.

 

Reparadoras na Souza Naves

A avenida Souza Naves, trecho urbano da BR-373, corta a cidade de Ponta Grossa e é um dos principais endereço de reparadoras de caminhões. Muitos caminhoneiros viajam por estados inteiros planejando fazer uma parada com o veículo em uma das empresas instaladas na cidade, o que exigiria um cuidado maior.

Rubens Scoss Junior, proprietário de uma dessas empresas, afirma que os cuidados têm sido realizados cotidianamente, mas que não bastam orientações. “Tem quem usa e quem não usa as máscaras apesar da insistência”, comenta.

Elias Fernandes Correia, 55 anos, prefere não arriscar. “A gente usa máscara, álcool gel, mantém distância. Tem cuidar da gente e do próximo”, diz o chefe da mecânica, que atua no mesmo segmento desde dos 16 anos.

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