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Alimentação artificial é opção para combater desnutrição na apicultura

O clima tem influência direta na atividade apicultora. Períodos de frio, chuva e seca impactam plantas e solos e, consequentemente, a vida e a alimentação das abelhas, que podem ficar desnutridas em períodos como a entressafra e o inverno. Para evitar o impacto destes fenômenos na produção, o apicultor precisa conhecer técnicas de manejo como a alimentação artificial das abelhas, seus tipos e cuidados. Este é o tema que o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae destaca em recente boletim disponibilizado gratuitamente aos pequenos produtores do setor.

A escassez de alimentos para as abelhas impacta diretamente no desenvolvimento de asas e glândulas, no tempo de vida e favorece o aparecimento de doenças. A produção de geleia real e a capacidade de postura da abelha rainha também são afetadas pela desnutrição. Para realizar o manejo de alimentação artificial, é preciso conhecer a alimentação das abelhas, composta por água, carboidratos (açúcares), proteínas, vitaminas, sais minerais e lipídios (gorduras) – nutrientes obtidos a partir do consumo de água, mel e pólen das flores.

Sem a alimentação natural, o trabalho alternativo deve ser feito a partir da combinação destes elementos, de duas maneiras diferentes: líquida: usando xaropes, ou caldas, que estimulam o crescimento dos enxames. São originados a partir de alimentos secos, em calda de água, açúcar, glicose e mel; e pastosa: obtida a partir da mistura de mel ou xarope ou açúcar invertido e alimentos secos, até obtenção de consistência pastosa. Auxiliam no crescimento e na manutenção do enxame e no estímulo à postura da rainha.

A nutrição artificial pode ser oferecida em alimentadores coletivos ou individuais. Os coletivos são práticos e que não requerem muita manutenção: são cochos grandes colocados a 50 metros de distância do apiário. Os alimentadores individuais podem alimentar uma colmeia, sendo colocado dentro dela, entre quadros ou no fundo. A principal vantagem é de alimentar e medicar as colmeias mais necessitadas.

Capacidade de postura da abelha rainha é afetada pela desnutrição

Foto: Divulgação

 

Relatório traz técnicas de alimentação

O relatório do SIS/Sebrae também indica algumas receitas de alimentação líquida e pastosa envolvendo os nutrientes necessários, como o xarope proteico (mistura com 55% de açúcar, 40% de água e 5% de proteína vegetal texturizada – farinha de soja ou levedura de cerveja, por exemplo), e a pasta energética, com mel ou xarope e açúcar mascavo. O mel utilizado na alimentação artificial deve ser do próprio apiário e de uma colheita anterior, para evitar doenças de outros locais.

Para os apicultores que querem conhecer mais técnicas de alimentação artificial, o SIS/Sebrae recomenda que fique atento a agenda de eventos do setor e conheça novas técnicas, produtos e tendências de mercado. Além de ter acesso a novos conhecimentos, a participação em eventos possibilita o networking com outros apicultores e empresas.

É válido também participar de cursos presenciais e online que podem auxiliar no desenvolvimento do seu negócio. Além do Sebrae, o Senac e o Senar, também oferecem capacitações interessantes. Acompanhe também as notícias da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Cadastre-se no SIS Sebrae SC e acesse outros conteúdos relevantes para quem atua na apicultura. Outros relatórios que estão associados com o tema e são interessante: Cuidado com as abelhas durante o inverno e Desaparecimento e mortalidade de colmeias. (Das Assessorias)

 

 

 

 

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