O Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, Dr. Hélio César Engelhardt, condenou, na última sexta-feira (30), Willy Hydley Martins dos Santos e Alexsandro Correa Silva, a pena de 21 anos e oito meses de reclusão, e 68 dias multas, em regime inicialmente fechado. Willy e Alexsando foram condenados pelo crime de ‘latrocínio’ – roubo qualificado pela morte (artigo 157, parágrafo 3 do código penal) – que vitimou Renato Voigt, 42 anos, que era deficiente físico.
Apesar da condenação, os réus têm o direito de recorrer em liberdade, uma vez que permaneceram em liberdade durante toda a instrução processual, conforme prevê o Superior Tribunal de Justiça.
O juiz entendeu que tanto Alexsandro como Willy foram autores do latrocínio, havendo divisão de tarefa entre os acusados, tendo Alexsandro sido um dos responsáveis por asfixiar e matar a vítima, ao passo que coube a Willy, ao menos, a subtração, transporte e ocultação dos bens subtraídos.
As provas apontam um terceiro indivíduo no local do crime, o qual foi apontado por Willy como sendo ‘Geovane’, porém até o momento não foi possível apurar sua real identidade.
Caso
Na madrugada do dia 18 de março de 2016, Voigt foi espancado até a morte. De acordo com informações da Polícia Militar à época, indivíduos entraram na residência da vítima, localizada na rua General Carneiro, região central de Ponta Grossa, renderam Renato, o amarraram e o agrediram até entrar em óbito. Renato é filho de um empresário da cidade e morava com outras pessoas na residência.
Estavam na casa Renato, seu pai e também o filho da vítima. Mas, eles estavam em outro cômodo da casa e não perceberam a ação dos elementos. O corpo de Renato foi encontrado pela manhã pelo próprio filho quando este levantou para ir à escola. Ele percebeu que o pai estava deitado de forma estranha e então chamou o avô. Renato estava amarrado pelos mãos e pés. Da casa foram levados computador, um notebook, um videogame e um celular.