Com dez anos de estrada e muita experiência nos palcos de grande festivais, a banda Cadillac Dinossauros chega ao último trimestre de 2017 colhendo os frutos de mais um ano de muito trabalho e dedicação à música. Em turnê pelo Brasil, David Barros (vocal e guitarra), Hugo Alex (baixo) e Billy Joy (bateria), comemoram o sucesso do último disco ‘PretoBranco’, além do recente convite para tocar em Portugal, e a apresentação ao vivo no Estúdio Showlivre. Confira a entrevista exclusiva com os músicos:
Diário dos Campos – Vocês estão em turnê pelo Brasil e já têm show internacional à vista, em Portugal. Como tem sido pisar em palcos e cidades onde vocês nunca tocaram antes e conquistar novos públicos?
Cadillac Dinossauros – Tem sido importante para nosso trabalho a oportunidade de estar em diferentes lugares. Nós gostamos ter esse contato orgânico e novas experiências com o público, contato esse que é fundamental para criar uma relação além da Internet, afinal, não há atmosfera como a do show ao vivo, onde o público nos vê, ouve e sente de maneira real, e vice-versa. Tem sido um aprendizado estar em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, onde há efervescência cultural, isso se aplica também a Portugal. Sempre quisemos expandir os horizontes e mostrar nossa música, seja aqui ou no exterior, a hora é agora.
DC – Vocês já tiveram muitas conquistas na trajetória de vocês, mas estão experimentando muitas novidades este ano. Qual a principal diferença da Cadillac Dinossauros de 2017 para os anos anteriores?
C.D. – A principal diferença é o amadurecimento do trabalho e de nós como pessoas. Novos desafios implicam novas experiências e aprendizados, e apesar de mais de 10 anos de banda, sentimos essa nova fase com um sabor de novidade, afinal, em cada lugar existem pessoas diferentes e que talvez esperam aquele algo a mais da banda, do show. O que nos motiva a não deixar a peteca cair!
DC – Muitas bandas que tem se destacado no cenário musical alternativo estão mostrando que não é preciso necessariamente morar no eixo Rio-SP para fazer sucesso, a exemplo de vocês mesmos, e outras bandas de estados distantes que fazem, inclusive, turnês pela Europa. Mesmo não sendo um pré requisito, vocês pensam em mudar de Ponta Grossa para uma cidade maior?
C.D. – Estamos programando ter um base em São Paulo a partir de janeiro de 2018, para facilitar esse contato real com outros artistas e conhecer mais essa imensidão que a terceira maior cidade do mundo proporciona, ter acesso à uma cena cultural intensa e ampla vai certamente ser uma nova e boa experiência. Já tivemos muitas experiências proveitosas em Ponta Grossa. É a nossa casa, vamos sempre estar ligados e próximos à nossa raiz, família, amigas e amigos.
DC – Como é a recepção do público nos festivais e eventos que vocês têm tocado fora de ‘casa’? Muita gente já conhece a banda, canta junto, pede música? Em Fortaleza, por exemplo, como foi essa resposta?
C.D. – Estamos em meio a um processo evolutivo, conquistando público aqui e ali. Quando as pessoas cantam nossas músicas nos causa uma grata surpresa, mas sabemos que ao mesmo tempo muita gente não conhece o trabalho da banda, isso nos mantém com o pé no chão e trabalhando fortemente para que o show faça a diferença, seja uma experiência que as pessoas não esqueçam. E em geral estamos tendo uma resposta super positiva, inclusive em Fortaleza, tivemos esse calor do público, que em sua maioria não nos conhecia, porém recebeu nossa música de braços abertos.
DC – Na terça-feira vocês se apresentaram ao vivo no Estúdio Showlivre, que é um programa democrático que costuma dar espaço e visibilidade a novos artistas e também recebe artistas consagrados. A Cadillac entra em um novo circuito depois disso? Vocês acham que a participação no programa deve abrir ainda mais portas para a banda?
C.D. – Acho que por ser um programa consagrado e de grande visibilidade, tivemos nele uma importante oportunidade de mostrar nosso som para muita gente. Certamente vai abrir novas portas, o Clemente (apresentador / vocalista e guitarrista da Plebe Rude / Inocentes) nos deixou mais confiante e, ao final do programa, até nos convidou para fazermos um som juntos.
DC – E os planos para o futuro? Alguma novidade em primeira mão?
C.D. – Recebemos uma proposta de uma grande gravadora, o Eron (manager) está cuidando disso. O nosso negócio é seguir em turnê, o foco está nos ensaios e no show, no tempo livre estamos sempre compondo músicas novas e trabalhando em novas produções audiovisuais. Vamos lançar trabalhos novos ainda este ano.
‘PretoBranco’ passa pelo RJ neste fim de semana
A banda segue em turnê a todo vapor apresentando um estilo de rock autêntico, figurino próprio, som expressivo e letras autorais que instigam o pensar em todos os sentidos destacando temas do cotidiano como corrupção, poluição, a ausência de comprometimento e o descaso com a população. O show da turnê ‘PretoBranco’ já passou por cidades como Florianópolis SC, Fortaleza CE, Curitiba PR, e nesse fim de semana chega ao sudeste com apresentações no Rio Janeiro, na Audio Rebel (22) e no Leviano Bar (23). Mais informações na página da banda no Facebook: https://www.facebook.com/cadillac.dinossauros/