Um requerimento proposto no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) pelos deputados Plauto Miró Guimarães Filho (DEM) e Márcio Pauliki (PDT)-encaminhado ao secretário Wagner Mesquita, responsável pela pasta da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná – solicita informações sobre o presídio Hildebrando de Souza. Os parlamentares cobram medidas de melhorias e segurança para o presídio anunciadas pelo próprio secretário.
“Queremos saber o que de fato está sendo feito sobre este problema que é extremamente grave. Sabemos que o Hildebrando está entre os presídios com a maior superlotação de todo o Estado”, disse Plauto. O deputado também destacou os riscos que a situação de abandono do prédio pode ocasionar. “Temo por uma tragédia envolvendo os presos, os agentes de segurança e até mesmo as pessoas que moram perto do presídio”, afirmou.
O documento também pede informações sobre a reforma e ampliação do prédio construído para abrigar até 200 pessoas, mas que hoje absorve 900 de forma precária. No primeiro semestre de 2017 os deputados Plauto e Pauliki apresentaram uma emenda conjunta no valor deR$ 300 mil para serem investidos nas melhorias do prédio. Foi uma forma de acelerar o início das obras. Até momentoa SESP liberou R$ 223 mil para reparos nas instalações e nos sistema de monitoramento de vídeo.
Os trabalhos em benefício da política carcerária de Ponta Grossa estão sendo realizados pelos deputados Pauliki e Plauto desde o início de 2015. Constantemente são feitas cobranças sobre a construção da Casa de Custódia que poderia diminuir consideravelmente a superlotação no Hildebrando. De acordo com a Sesp, até a primeira quinzena de dezembro deve sair o resultado do projeto da obra. Os parlamentares reivindicaram que o número de vagas inicialmente previsto para 320 vagas seja de 720 vagas.
Apelo
Ainda na sessão desta quarta-feira, o deputado Márcio Pauliki enfatizou a necessidade do poder judiciário também colaborar para diminuir a população de encarcerados no Hildebrando. O deputado pediu a realização de mutirões para a revisão de processos. Segundo estimativas do Departamento de Execução Penal, cerca de 300 pessoas aguardam a revisão de pena. Uma boa parte já teria o direito à liberdade, mas continuam nas celas.