Professores e demais servidores estaduais se mobilizaram na segunda-feira (18), em todo o Paraná, para protestar contra a redução de salários dos educadores contratados via Processo Seletivo Seriado (PSS). De acordo com a categoria, uma decisão divulgada, na última sexta-feira (15), pela Secretaria Estadual de Educação (Seed), apontou a redução dos salários dos educadores, a partir de 2018.
De acordo com a APP Sindicato, para contextualiza, hoje um professor em início de carreira recebe R$1.415,70 para 20 horas/aula semanais. Para 2018, o valor pago seria de R$1.227,70. Redução que daria, em média, R$188,10.
Durante a manhã, educadores se reuniram em frente ao prédio do Palácio do Iguaçu. Também foram realizados atos regionais na frente de diversos núcleos de educação. Em Ponta Grossa, a categoria confeccionou cartazes em sinal de revolta e se reuniu na frente do órgão.
"A qualidade da educação também perpassa pela questão salarial. Vemos esta decisão como um retrocesso e desvalorização do trabalho dos professores", disse o presidente da APP Sindicato – Ponta Grossa, professor Tércio Alves do Nascimento.
“Professores e funcionários de escola já recebem os mais baixos salários do serviço público no Estado. A ampla maioria dos professores têm especialização e muitos têm mestrado. É inadmissível que esses educadores recebam menos para exercer as mesmas atribuições e compromissos com o dia a dia da escola”, avalia o presidente da APP-Sindicato do Paraná, professor Hermes Silva Leão.
Ocupação
Em Curitiba, mais de 200 professores estaduais e demais funcionários ocuparam, no final da manhã de segunda-feira (18), o térreo do prédio do Palácio do Iguaçu, em Curitiba. Equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram enviados ao local para controlar a situação, que permaneceu tranquila até às 14 horas, horário em que o prédio foi desocupado.
Ainda durante a tarde, os trabalhadores seguiram em direção à Assembleia Legislativa para acompanhar a sessão e pedir apoio dos deputados. Representantes da APP Sindicato também se reuniram com o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, para expor os motivos da manifestação. Durante o encontro, foi acordado a realização de uma mesa redonda, prevista para às 17 horas de terça-feira (19), entre os profissionais e governo do Estado.