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85% dos problemas podem ser resolvidos na Atenção Primária

A Atenção Primária à Saúde (APS), como o nome já aponta, é uma estratégia de organização para atender a maior parte das necessidades voltadas à saúde da população. Este tipo de frente ofertada, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tem sido incentivada há 40 anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os serviços vão muito além de consultas médicas de rotina, eles se estendem para exames, acompanhamentos domiciliares e, até mesmo, desenvolvimento de projetos e rodas de conversas com pacientes.

De acordo com Robson Xavier, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, estudos apontam que 85% dos problemas de saúde podem ser resolvidos já na Atenção Primária. O serviço é considerado um articulador entre os níveis de complexidade e serve como a porta de entrada preferencial para os pacientes usuários do SUS.

"Toda a população, independente da classe social, deve ser atendida na Atenção Primária. É importante que todas as pessoas saibam que são usuárias do SUS", diz Robson. Mas, de acordo com ele, percebe-se que hoje existe a utilização inadequada dos serviços de saúde.

"Os hospitais a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo, não são os lugares para se buscar uma consulta de rotina. Elas devem ser buscadas nas unidades básicas de saúde para que os hospitais não sejam lotados com serviços desnecessários. Já nas unidades básicas, o paciente recebe os acompanhamentos necessários e podem ser atendidos próximos de suas casas", explica.

Um dos princípios importantes deste tipo de atendimento são as equipes de saúde da família, formadas por multiprofissionais como médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Ponta Grossa conta com 80 equipes que recebem o apoio de educadores físicos, fisioterapeutas e nutricionistas que atuam na prevenção e promoção à saúde.

"A Atenção Primária é você trabalhar nos bairros com estas equipes desenvolvendo ações de promoção à saúde ao longo do tempo, criando vínculos com as comunidades e atuando na prevenção de doenças. Uma equipe de saúde da família é responsável por 3,5 a 4 mil pessoas".

Estes acompanhamentos, segundo o secretário, além de prevenir doenças, podem evitar que as pessoas desenvolvam problemas ao longo dos anos como diabetes e a hipertensão, por exemplo. "Quando nós conhecemos as necessidades da população, conseguimos intervir e promover uma melhor qualidade de vida para todos", comenta Robson.

Atendimentos nas unidades de saúde desafogam hospitais do município. (Foto: José Aldinan)

Mais equipes

Segundo o secretário, Ponta Grossa está em constante crescimento e, por conta deste fator, existe a necessidade de aumentar ainda mais as equipes de saúde da família. "É uma cidade que está crescendo e se desenvolvendo. Para acompanharmos esta mudança seria necessário implantarmos mais oito equipes pelo menos", disse.

Orientação

A Secretaria Municipal de Saúde orienta para que todas as pessoas tenham o cartão do SUS para atendimentos nas unidades de saúde. É necessário fazer este cadastramento, em qualquer unidade próxima de casa, para que exista um melhor acompanhamento por parte do Município. Hoje, 285 mil pessoas estão cadastradas no prontuário eletrônico do SUS.

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