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Estado investe na proteção de pessoas em situação de risco

No Paraná, pessoas que passam por situações de violação de direitos, conforme previsto no Sistema Único de Assistência Social (Suas), podem contar com acolhimento institucional.

A Secretaria de Estado da Família já repassou, desde 2011, R$ 65,8 milhões para a manutenção do serviço. De acordo com o Censo Suas 2018, no Paraná, existem 598 unidades governamentais e não governamentais que dispõem de acolhimento. O serviço é direcionado a crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, mulheres em situação de violência, população de rua e pessoas em situação de risco.

A coordenadora da Proteção Social Especial da Secretaria da Família, Juliany Santos, afirma que as unidades de acolhimento devem dar a atenção que os acolhidos precisam. “Esse acompanhamento precisa continuar até que os laços familiares sejam restabelecidos e elas possam retornar para suas casas”, diz Juliany.

Atenção Integral

Uma das organizações não governamentais que recebem recursos estaduais para o acolhimento institucional é o Pequeno Cotolengo Paranaense, em Curitiba.

São 131 moradores com deficiências múltiplas (físicas e intelectuais), de todas as idades, que foram abandonadas por suas famílias, sofreram maus-tratos ou viviam em situação de risco. Na instituição eles recebem acolhimento e atendimento na área de educação e saúde.

Para o diretor administrativo da entidade, Diogo Azevedo, a parceria com a Secretaria da Família é fundamental para o atendimento das pessoas acolhidas. “Os repasses garantem a continuidade e a qualidade das atividades desenvolvidas na nossa organização”.

Unidades

Entre as modalidades de acolhimento institucional estão as Casas-Lar, os Abrigos, as Casas de Passagem, as Residências Inclusivas e as Repúblicas.

Em todas elas, o atendimento é personalizado e feito em pequenos grupos, para manter o convívio familiar e comunitário, incentivar a construção de autonomia e independência. “O serviço garante a privacidade e o respeito aos costumes, tradições e diversidade dos acolhidos”, diz a coordenadora da Secretaria da Família.

Crianças e adolescentes que foram tirados do convívio com os pais por ordem da justiça podem ser acolhidos em casas-lar ou em abrigos institucionais. Já as pessoas em situação de rua, mulheres em situação de violência ou migrantes podem ficar nas casas de passagem, que oferece acolhimento imediato e emergencial.

“Eles podem ficar ali por até três meses. Neste período, são atendidos por equipe especializada, que faz o encaminhamento para outros serviços públicos e a inclusão no Cadastro Único, para que participem de programas e benefícios sociais”, afirma Juliany.

Inclusão

Para jovens e adultos com deficiência, sem vínculos familiares e sem condições de se manterem sozinhos, existem as residências inclusivas. São casas adaptadas com estrutura física adequada para receber, no máximo, 10 moradores.

“Nas residências inclusivas, a independência e a autonomia dos moradores são estimuladas por meio das equipes interdisciplinares, que fazem o atendimento psicológico e socioassistencial, além de terapia ocupacional”, diz Juliany.

Apoio

Pessoas maiores de 18 anos, quando têm vínculos familiares rompidos e não têm condições de moradia e autossustento, encontram abrigo nas chamadas repúblicas.

Algumas recebem egressos dos serviços de acolhimento de crianças e adolescentes, que completaram a maioridade. Nesse caso, eles são encaminhados para programas de qualificação e inserção profissional.

Em outras, são acolhidos adultos em processo de saída das ruas ou pessoas idosas que ainda têm capacidade de desenvolver as atividades do dia a dia.

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