Na terça-feira (29), a Itaipu Binacional participou de um seminário na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ), que teve como objetivo discutir as contribuições de cinco empresas estatais para as prioridades do G20. Além de Itaipu e Petrobras, participaram Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. Também estiveram presentes representantes da Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR) e da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
“Este seminário é parte da programação oficial do G20 Social, uma iniciativa inédita da presidência brasileira do G20, que visa dar voz à sociedade com propostas concretas, que serão encaminhadas à cúpula de líderes. O apoio das empresas presentes é fundamental para a realização do G20 Social e para a elaboração do documento final da Cúpula Social do G20”, destacou o coordenador executivo do Grupo de Trabalho Técnico do G20 Social, Jorge Santana.
Na mesa-redonda intitulada “As empresas estatais e boas práticas em relação às prioridades do G20”, a chefe do escritório da Itaipu em Brasília, Lígia Leite Soares, apresentou as iniciativas da Itaipu nos três eixos principais: Combate à Fome, Pobreza e Desigualdade; Sustentabilidade, Mudança do Clima e Transição Energética; e Reforma da Governança Global.
“As empresas públicas têm um papel indutor no desenvolvimento do País. Por isso foi muito oportuno nos reunirmos para discutir um documento que tenha a cara da realidade brasileira. Todas as empresas têm seus potenciais e fragilidades. Esse é o momento de discutir isso e construir um documento coletivo que contribua com o Brasil e com as discussões do G20”, afirmou Lígia.
A assistente da Diretoria-Geral Brasileira da Itaipu, Gisele Ricobom, enfatizou que as ações socioambientais devem ser consideradas um investimento essencial para qualquer empreendimento, até mesmo para o setor privado. “As empresas presentes são exemplos de boas práticas e devem ser consideradas como referências para a responsabilidade socioambiental”, apontou Gisele.
Também participaram do seminário preparatório o superintendente de Energias Renováveis, Rogério Meneghetti; o gerente do Departamento de Proteção Ambiental, Gilmar Secco, e a coordenadora do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão da Itaipu, Jessica Maris Maciel.
Combate à Fome, Pobreza e Desigualdade
Para o Eixo 1, a Itaipu apresentou projetos como as Cozinhas Solidárias Sustentáveis, que buscam reduzir o desperdício de alimentos e promover a segurança alimentar, além de contribuir para a Política Nacional de Cuidados, na medida em que aliam a liberação do tempo das mulheres e o incentivo à alimentação saudável. A Itaipu também investe em ações, projetos e programas em comunidades indígenas, na agricultura familiar e na gestão de resíduos e saneamento básico. Os investimentos totais nesse eixo somam mais de R$ 1 bilhão, com ações que incluem:
• Instalação de sistemas de água potável para comunidades vulneráveis;
• Recuperação ambiental e reabilitação de nascentes;
• Educação ambiental, por meio de projetos itinerantes e materiais pedagógicos.
Sustentabilidade, Mudança do Clima e Transição Energética
A apresentação para o Eixo 2 destacou a geração de hidreletricidade como um pilar central, com a Itaipu fornecendo cerca de 10% da energia consumida no Brasil, além de atuar como um sistema de backup. Projetos inovadores, como a instalação de placas fotovoltaicas flutuantes, biodigestores e o desenvolvimento de hidrogênio verde e SAF, combustível sustentável de aviação, foram destacados como parte da transição energética justa e inclusiva.
Reforma da Governança Global
Lígia salientou a importância da participação social nas políticas públicas usando como exemplo o Programa de Governança Territorial Participativa, que visa fortalecer as ações governamentais em nível local, com a criação dos Núcleos de Cooperação Socioambiental do Programa Itaipu Mais que Energia.
Próximos encontros
O seminário preparatório desta terça-feira (29) incluiu mesas-redondas, debates e discussões em grupo. Os participantes tiveram a oportunidade de analisar criticamente as apresentações e definir diretrizes para um relatório consolidado sobre boas práticas a serem apresentadas na Cúpula Social do G20, que será no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16 de novembro. Espera-se que o evento atraia cerca de 50 mil participantes, incluindo representantes da sociedade civil e movimentos sociais.
A programação incluirá atividades autogestionadas, debates, feiras culturais e um festival de cultura, além da aprovação de documentos que serão apresentados na Cúpula de Líderes do G20, que acontecerá logo em seguida, nos dias 18 e 19 de novembro, também no Rio de Janeiro.