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Estudo revela crescimento econômico de Ponta Grossa em 12 anos

(foto: José Aldinan)

Um estudo realizado por professores e pesquisadores de Ponta Grossa revelou indicadores socioeconômicos da cidade entre os anos de 2010 a 2022. O relatório mostra dados relevantes sobre os aspectos populacionais, sociais, de infraestrutura e econômico do município.

Os pesquisadores utilizaram bases de dados de instituições oficiais e renomadas para comparar e analisar os números ao longo destes últimos 12 anos.

Crescimento do PIB

O crescimento econômico da cidade é um dos destaques do estudo. “O município de Ponta Grossa conseguiu ampliar sua produção em níveis superiores aos apresentados pelo Paraná e pelo Brasil durante a maior parte do período observado […] Isso revela que as políticas públicas de incentivo à produção efetivadas pelo poder municipal e os investimentos da iniciativa privada adotados no período observado tiveram efeito positivo, contribuindo para os bons números de crescimento do PIB de Ponta Grossa”, dizem os pesquisadores.

A análise do PIB de Ponta Grossa foi de 2010 a 2020 e mostra o salto de valores em bilhões que a cidade atingiu. Em 2010, o PIB era de R$ 6.698.733. Já em 2020, o valor alcançou R$ 17.274.713.

“O crescimento do PIB do Paraná contribui para melhorar as condições de atração de investimento para o estado, que podem ser direcionados em parte para o município de Ponta Grossa, permitindo um crescimento maior da produção e da geração de emprego e renda, beneficiando a população e as empresas de Ponta Grossa”, conclui os pesquisadores.

Crescimento das empresas em PG

O relatório revela que é possível observar uma dinâmica mais acelerada para o município em comparação com o estado do Paraná como um todo e com o Brasil na área de crescimento de empresas. Entre os anos de 2010 e 2021, a taxa de crescimento de novas empresas em Ponta Grossa foi de 18,3%, enquanto para o estado foi de 13,7% e para o Brasil foi de 14,1%.

No caso do setor secundário, a fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) representa 21% de todas as indústrias da cidade. Em seguida, aparece a fabricação de produtos alimentícios (16%), móveis (13%) e produtos de minerais não metálicos (8,5%). Esses segmentos, em conjunto, correspondem a mais de 50% de toda a indústria local, de acordo com a análise dos pesquisadores.

Indústria é destaque

No caso da indústria, foram identificados nove segmentos em que Ponta Grossa detém uma especialização superior à média do estado como um todo. Esses segmentos incluem fabricação de bebidas, metalurgia, fabricação de produtos de metal, produtos têxteis, produtos de borracha e materiais plásticos, produtos químicos, produtos de madeira, fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de móveis.

“Esses resultados refletem a capacidade de Ponta Grossa de impulsionar sua indústria e se destacar em relação às demais regiões do Paraná, reforçando sua posição como um polo industrial em crescimento e evidenciando uma dinâmica econômica positiva e promissora”, afirma o estudo.

Salários dos funcionários

Os pesquisadores mostram os setores onde a média salarial dos funcionários aumentou. “Os setores que tiveram renda real acima da média do município como um todo foram, principalmente, indústria de transformação, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, administração pública, defesa e seguridade social e educação. Vale ressaltar que, desses setores, a educação obteve uma queda significativa de 2015 a 2019, passando de R$ 7.863,47 para R$ 5.901,07”.

Mudança na exportação

O relatório aponta a mudança nas exportações no ano de 2010 e 2022, revelando o cenário de produção na cidade de Ponta Grossa.

Em 2010, os principais produtos exportados pelo município foram: carnes e miudezas, comestíveis (31,9%); sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens (16,9%); açúcares e produtos de confeitaria (15,0%); e gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal (12,6%).

Já em 2022, houve uma completa alteração dos principais produtos exportados pelo município, o ponto em comum é que as exportações ainda se concentram em produtos com pouco conteúdo tecnológico e baixo valor agregado. Os códigos mais exportados em 2022 foram: resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais (52,1%); gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal (25,0%); papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão (7,1%); e madeira, carvão vegetal e obras de madeira (3,7%).

Equipe responsável pelo estudo

A equipe técnica responsável pela produção do relatório é formada pelos professores do Departamento de Economia da UEPG: Alex Sander Souza do Carmo, Alysson Luiz Stege, Augusta Pelinski Raiher, Cárliton Vieira dos Santos, Elson Rodrigo de Souza Santos, Jeferson Cararo, Luma de Oliveira, Reinaldo dos Santos, Renato Alves de Oliveira, Rubens Ibraim Ribeiro, Temidayo James Aransiola e Vinicius Borba da Costa; pelo economista da UEPG Alexandre Roberto Lages; e pela presidente do CDEPG Priscilla Garbelini Jaronski.

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