O Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) de Ponta Grossa aprovou os pedidos de salvaguarda da Festa do Divino e da devoção a João Maria. O salvaguarda cultural visa garantir a sobrevivência do patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial.
O Presidente do conselho, Alberto Schramm Portugal, agradeceu ao Compac “por reconhecer e garantir a perpetuação da história, da memória e do rico patrimônio imaterial da cidade de Ponta Grossa”, diz o registro da reunião do Compac deste mês.
Festa do Divino em Ponta Grossa
As celebrações, dedicadas ao Divino Espírito Santo tiveram início em 1882 em Ponta Grossa, após Dona Maria Júlia Xavier ter encontrado a imagem de uma pomba que representa o Divino Espírito Santo gravada em um pedaço de madeira dentro de um olho d’água próximo à região que hoje conhecemos como Carambeí.
De acordo com os registros, após ter encontrado a imagem do Divino, Nhá Maria do Divino como ficou conhecida na cidade, trabalhou recolhendo objetos, quadros de santos e dinheiro, com o objetivo de construir uma capela em honra ao Divino. No entanto, acabou sendo vítima de roubo, fato que a fez ceder parte de sua residência, para que nesse espaço acontecessem as celebrações em honra ao Divino Espírito Santo.
Foi a partir desse momento que a casa de estilo colonial situada na Rua Santos Dumont, nº 524, se tornou a Casa do Divino a qual para os devotos do Divino é considerada um espaço sagrado.
Devoção a João Maria
Segundo pesquisadores locais, João Maria seria um monge italiano, que passou pelos Campos Gerais, com o nome Giovanni Maria d’Agostini, nascido em 1801, de família nobre da Itália. João Maria teria estudado teologia e recebido uma mensagem da Virgem Maria para ser um monge eremita e seguir para a América.
Sua passagem pelo Brasil deixou saudosa memória e testemunhas que afirmam o poder de suas curas, através das águas santas.
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