O delegado Gabriel Munhoz, da Polícia Civil, informou na manhã da sexta-feira (19) que três pessoas foram indiciadas por delito contra a economia popular em Ponta Grossa. O caso é referente ao suposto esquema de pirâmide que teria feito diversas vítimas no município e na região com uma plataforma de investimentos com retornos acima do comum.
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O crime pelo qual os três envolvidos foram indiciados está previsto no artigo 2°, inciso IX, da Lei Federal n° 1.521/51. O crime de estelionato foi descartado pela investigação, segundo o delegado. Isso porque o esquema não tinha um alvo definido, como acontece no estelionato, mas sim a intenção de alcançar o maior número possível de pessoas.
Ao final do interrogatório e mediante análise em conjunto do que foi apurado, as autoridades entenderam que os envolvidos tinham ciência de que a “plataforma” era uma pirâmide financeira. Segundo Munhoz, eles buscavam angariar o maior número possível de pessoas para fazer parte do esquema e possibilitar o pagamento de lucros que variavam de 2% até 4% ao dia, muito acima de qualquer investimento verdadeiro, que possui riscos.
Dos três investigados, dois deles serão monitorados por tornozeleira eletrônica até que haja decisão judicial em sentido contrário. A pena do crime pode chegar a dois anos de detenção.
O delegado afirma que a PCPR ainda busca tentar identificar os proprietários/desenvolvedores do aplicativo, pois os investigados na cidade de Ponta Grossa eram meros recrutadores e não têm capacidade técnica para elaboração do aplicativo.