A fiscalização e o rastreamento do leite importado serão intensificados no Paraná. A medida foi defendida pelo deputado estadual Luis Corti (PSB) em reunião técnica com representantes dos Governos Federal e Estadual nesta semana.
“Nós não vamos permitir que os nossos produtores sejam vitimados por uma concorrência desleal com a entrada desenfreada de produto internacional. Nós vamos fazer esse grande enfrentamento”, afirmou Corti.
O grupo decidiu pelo aperfeiçoamento dos mecanismos de fiscalização e principalmente de rastreamento do produto dentro do território nacional. “Se uma empresa passou a importar 10 toneladas de leite para produção de derivados, por exemplo, ela tem como comprovar a destinação desse produto. Agora, se esse leite é reidratado de forma irregular e vendido no mercado, essas empresas precisam ser punidas”, alerta Corti.
Ações imediatas
O superintendente de Agricultura e Pecuária do Paraná, Cleverson Freitas, destacou que as ações de fiscalização tanto no Porto de Paranaguá como em Foz do Iguaçu foram intensificadas e que a união de esforço vai aperfeiçoar as ações na indústria.
O Governo Federal já revogou decretos que incentivavam a importação de leite, anunciou uma compra pública de 200 toneladas de leite em pó no Paraná por meio da Conab e estuda medida tributaria para proteção da produção nacional.
Além disso, o aperfeiçoamento na troca de informações entre os órgãos de fiscalização será um mecanismo para coibir a ilegalidade nas importações. “Principalmente, nesse caso, o foco tem que ser nas pessoas jurídicas que atuam na ilegalidade. Se não houver repressão daqueles que atuam fora da legalidade, incentiva que aumente a criminalidade”, ressaltou o delegado da Polícia Federal, Algacir Mikalovski.
Campos Gerais
Em agosto deste ano, durante a visita do Ministro da Agricultura, Carlos Favaro, no Agroleite, em Castro, o governo federal havia anunciado novas medidas para fortalecer a cadeia leiteira.
Na época, o ministro que o governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), iria comprar leite em pó das cooperativas a preço de varejo e implementar esse alimento nos programas sociais. Fávaro reforçou que, ao lado da medida emergencial, o governo quer discutir com os países do Mercosul medidas de fortalecimento.
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