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Família de jovem morto após ter moto atingida por carro na contramão protesta na Estrada do Cerne: ‘Deixou meu filho agonizando’

Familiares e amigos do motociclista Reginaldo Carneiro, de 38 anos, que morreu após ser atingido por um carro que trafegava na contramão da Estrada do Cerne, em Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba, protestaram por Justiça na tarde desta quinta-feira (7), no local onde o acidente foi registrado.

Reginaldo foi atingido pelo carro no dia 22 de agosto, enquanto trabalhava. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o automóvel invadiu a contramão da via e bateu contra a moto do jovem, que trafegava no sentido contrário. Após a primeira colisão, o motorista bateu em um caminhão estacionado no trecho.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o motorista se recusou a passar pelo teste de bafômetro e estava com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida há três anos. A Polícia Civil segue investigando o caso. O motorista foi ouvido na delegacia e liberado em seguida.

Durante o protesto, que teve início às 15h desta quinta, familiares e amigos de Reginaldo bloquearam parcialmente a Estrada do Cerne ao atearem fogo em pneus e vegetações. Com o rosto do filho estampado em uma camiseta branca, a mãe do motociclista lamentou a liberdade do motorista e destacou que ele não prestou socorro ao jovem.

“O motorista, bêbado e com a CNH vencida há três anos, matou meu filho. Ele deixou meu filho agonizando, não prestou socorro. Enquanto o corpo do meu filho estava no hospital, ele saiu pela porta da frente da delegacia. Ele não levou só meu filho. Ele levou a família inteira”, disse Hilda de Fátima, aos prantos.

Para a prima e outro familiar do motociclista, o motorista deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. “Se não fosse a batida no caminhão da frente, ele não tinha parado. Meu primo ficou agonizando. Ele merece cadeia, e a família não vai sossegar enquanto isso acontecer”, afirmou Michele Carneiro. “Ele deixou três filhos. O motorista tem que ir a júri e ser preso”, acrescentou Carlos Costa.

Por fim, a mãe de Reginaldo pediu para dar um recado ao motorista: “Seja homem! Dê um telefonema para mim. Me pergunte como eu estou. Eu sei que você tem mãe e dois filhos. Eu quero te perguntar se você come e dorme”.

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