As tardes de fim de semana na praça Dom Antônio Mazarotto, no Jardim Carvalho, ficarão um pouco mais tristes a partir de agora. Faleceu, nessa sexta-feira (18), o pipoqueiro Ademir Correa, que dividia o tempo com pipocas e música.
Ele tinha 63 anos, e a praça era um dos locais que costumava frequentar para vender suas pipocas doces e salgadas. Seu olhar sereno permanecia pousado sobre as crianças que brincavam no playground, enquanto ouvia canções, em volume alto o suficiente para ser escutador por quem sentava em um dos bancos próximos, mas baixo a ponto de não incomodar a rotina de lazer dos pais e das crianças.
O pipoqueiro Ademir Correa
Ademir, além de pipoqueiro, eventualmente se apresentava cantando músicas internacionais diante da escola, e também estudava Direito à época da explosão. Junto do carrinho, mantinha um microfone, que às vezes usava para ensaiar uma ou outra música quando o público parecia receptivo.
Na noite dessa sexta, Ademir aparentemente foi vítima de um mau súbito, enquanto caminhava empurrando seu carrinho de pipocas, no início da noite, na região do Bairro Órfãs. Ele foi atendido pelo SAMU, mas não resistiu e faleceu.
Sobrevivente de explosão
Ademir foi mencionado em reportagem do Diário dos Campos e portal DCmais, em outubro de 2021, também por um fato triste. À época, seu carrinho de pipocas havia explodido diante do Colégio Marista (relembre aqui), onde vendia seu produto. Ademir não ficou gravemente ferido, mas foi preciso que amigos fizessem uma campanha para comprar um novo carrinho para ele. A meta era R$ 3 mil, mas foi possível arrecadar R$ 3.990, graças à ajuda de professores e pais de aluno, acostumados com a figura sempre diante da escola.
Sepultamento
Ademir será enterrado no Cemitério São Vicente de Paula, às 16h30, deste sábado (19).