Ônibus movido a gás em Ponta Grossa
O motivo do protesto é um detalhe que não foi mencionado nas divulgações oficiais a respeito do veículo: o ônibus movido a gás não possui a cadeira de cobrador/trocador. Ou seja, é um modelo desenvolvido para circular sem cobrador, tendo o motorista a função de dirigir e fiscalizar o uso da catraca, que fica ao lado da direção. “Esse carro não vai andar sem cobrador, ou vamos parar todo o transporte”, declarou Luizão.
O método já é usado em Ponta Grossa, mas somente em ônibus de pequeno porte – os midibus – e nos veículos que circulam entre terminais.
Um tema polêmico
Em Ponta Grossa, a discussão sobre extinguir a função do cobrador é antiga, polêmica, e até hoje sem qualquer decisão. O Município ainda elabora o novo modelo de contrato para concessão do sistema para os próximos anos, mas não definiu se será mantida a função de cobrador. Reportagens anteriores do DC mostraram que vários municípios passaram a contar com o serviço sem cobrador, porém tendo um planejamento que possibilitou realocar esses profissionais. Em Curitiba, isso ocorreu de forma escalonada, envolvendo cursos de qualificação e anos de planejamento.
Relembre:
- Sindicato teme demissão de 1.100 funcionários pela VCG
- Projeto desobriga manutenção de cobradores nos ônibus ‘Sem Parar’
- Extinção de cobradores em PG divide vereadores durante sessão
A tecnologia
O ônibus movido a GNV deve circular a partir desta terça-feira (1º) e ao longo dos próximos 30 dias, em caráter de teste. A avaliação é resultado de parceria entre Compagas, Scania, junto da Prefeitura de Ponta Grossa e Viação Campos Gerais (VCG). Para o presidente do sindicato, o veículo não pode circular sem cobrador, ou o sistema vai parar. A única maneira de o veículo circular sem cobrador, em sua visão será no formato “Sem Parar”, entre os terminais.
Viação Campos Gerais tranquiliza
A reportagem do Diário dos Campos e portal DCmais contatou a Viação Campos Gerais (VCG), empresa que administra o serviço de transporte público em Ponta Grossa. Via assessoria de imprensa, a concessionária informou que não haverá problema. Apesar de o modelo do ônibus não prever cobrador, a VCG fez ajustes e informou que haverá, sim, a figura do cobrador durante os 30 dias de teste do veículo na cidade. O Sintropas informou que vai manter a fiscalização a respeito.