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Cavalo Zeus quase morre, é tratado por família e recolhido pela prefeitura de PG

Cavalo Zeus, após recuperação. Foto: reprodução/arquivo familiar.

Um equino está sendo objeto de um impasse entre uma família de Ponta Grossa e a Prefeitura. O cavalo Zeus foi resgatado pela família de Laís Sabrina Mendes de França bastante debilitado, mas foi tratado e se recuperou. Dias depois, no entanto, ele foi recolhido pelo Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR).

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Segundo Laís, que atua na causa da proteção animal, o cavalo Zeus foi recolhido por ela e sua família muito magro, doente e com ferimentos vivos, o que se pode ver nas imagens disponibilizadas pela leitora. Ela disse ter tratado das feridas, comprado feno, capa térmica e medicamentos para tratar de Zeus, que conseguiu se recuperar e ficou bem cuidado.

Ela disse ainda que na época em que encontrou o cavalo debilitado, procurou o CRAR para fazer o recolhimento do animal e eles disseram que não havia veículo disponível. Laís afirma que foi orientada a recuperar o cavalo com recursos próprios, caso tivesse interesse.

No entanto, enquanto pastava em uma área verde na Rua Neci Nunes Ferreira, no Bairro Neves, o animal foi recolhido por agentes do CRAR, deixando a família indignada. “É um local onde vivia cheio de lixo antes e mato de dois metros de altura, que a Prefeitura não fazia a limpeza”, critica a cidadã.

Local onde o cavalo foi recolhido, segundo a proprietária. Foto: reprodução/Google.

Segundo a prefeitura, o recolhimento do cavalo se deu em conformidade com os trâmites legais. “A Secretaria de Meio Ambiente informa que o animal estava em uma área verde do município e que foi recolhido ao CRAR. Existe ainda o prazo de 48 para que o proprietário faça o pedido para reaver o animal, conforme lei. Todos os trâmites seguidos pela equipe estão de acordo com a nova legislação, aprovada pelos vereadores em maio”, diz em nota.

A lei mencionada no posicionamento da Prefeitura (Lei Nº 14.616 de 18/05/2023) determina no Artigo 9º que “O animal apreendido somente poderá ser resgatado pelo seu proprietário ou representante legal, após preenchimento do expediente próprio e do pagamento da taxa respectiva, observado os seguintes valores: (…) II – médios e grandes animais: 10 (dez) VR´s (Valores de Referência do Município) por dia de permanência no alojamento municipal”. A lei diz ainda que, sem o recolhimento, o animal poderá ser doado para pequenos produtores rurais. 

Agora, a proprietária do cavalo se diz indignada com a situação, pois terá de pagar caso queira reaver o animal. Ela diz que a taxa é cara, que não tem condições de arcar com os custos, por cuidar de outros animais abandonados, e que Zeus adquiriu valor afetivo para sua família, em especial, sua filha pequena.“Animal ferido eles não recolhem, só animal bonito para poder lucrar em cima. Tem muitos animais soltos pelas ruas, por que eles não pegam?”, afirma a leitora.

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