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Calouros indígenas da UEPG passam por atividade de acolhimento

Foto: AEN

Os calouros indígenas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) passaram por uma atividade de acolhimento na instituição. A atividade foi organizada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).

Depois de aprovados no 22º Vestibular Indígena do Paraná, os estudantes conheceram os espaços que irão frequentar nas próximas semanas. Com sonhos distintos, eles caminharam pelas salas de aula e laboratórios e expressaram o sentimento de sonho realizado por entrar na universidade. A atividade incluiu passeio pelos dois campi, para conhecer os principais locais, como auditório, ambulatório de saúde, laboratórios e Reitoria.

Para Luiz Carlos Kog Te Salles Batarse, vice-cacique da comunidade indígena Mococa, do município de Ortigueira, a lembrança da aprovação é inesquecível. “Minha mãe chegou falando ‘Luiz, você passou! Você passou!’, e eu soltei um grito. ‘Meu Deus, eu vou ser médico!'”, afirma. Da aprovação à chegada na UEPG passaram pouco menos de 30 dias. O calouro em Medicina gostou do Bloco M e do Hospital Universitário, onde vai estudar.

Como os alunos indígenas passaram no Vestibular no meio do semestre do ano letivo de 2023, as aulas para eles começarão a partir de agosto. Até esta hora chegar, a Prae organiza atividades de integração, como rodas de conversa, orientações sobre o acadêmico online e Google Classroom, procedimentos de protocolo SEI, informações sobre os cursos escolhidos, esclarecimento sobre a Política de Permanência Indígena e demais serviços e atendimentos.

Muito além do ingresso, a Prae atua para garantir a inclusão e a permanência dos acadêmicos na universidade. A pró-reitora da Prae, professora Ione Jovino, ressalta que a UEPG, além de trabalhar na aplicação das provas, também atua na organização do Vestibular, nas discussões e deliberações que antecedem o evento. “Talvez seja uma questão até maior que o número de indígenas que estão inseridos ou precisam acessar o ensino superior. Faz com que avancemos na construção de uma pluralidade forjada nas relações do dia a dia”, ressalta.

Os aprovados recebem um auxílio financeiro mensal de R$ 1.125,00 (para estudantes sem filhos), e R$ 1.687,50 (para indígenas com filhos). A bolsa é condicionada à frequência, que precisa ser de, no mínimo, 75%. A UEPG também fornece alimentação, com isenção no Restaurante Universitário (RU), e vale-transporte.

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