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Padre Edvino celebra 41 anos de diaconato; conheça sua história

Padre Edvino Sicuro voltou à cidade após dois anos em Curitiba e há dois meses é pároco no núcleo Santa Maria

Padre Edvino na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro. Imagem: José Aldinan/DC

De volta a Ponta Grossa, o padre Edvino Sicuro assumiu há dois meses a Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, no núcleo Santa Maria. Na última semana, ele recebeu a reportagem do portal DCmais em sua comunidade e falou sobre o sentimento de voltar ao lugar que tanto ama. Nesta terça-feira (23), o padre Edvino comemora mais um ano de vida e 41 anos de diaconato.

Volta ao lugar onde começou

De seus 40 anos de sacerdócio, padre Edvino passou 27 em Ponta Grossa. Natural de Irati, considera PG a cidade de seu coração. E foi no Núcleo Santa Maria, na Colônia Dona Luiza, que Edvino começou sua vida de padre. “No ano de 1983, eu vim trabalhar no seminário da Colônia e nos fins de semana eu atendia no Santa Maria, aqui na capela, juntamente com seminaristas. Hoje muita gente que participa das missas diz ‘o senhor me batizou’, ‘o senhor casou meus pais’, então é uma alegria poder voltar, eu diria, ao primeiro amor”, recorda.

Sua volta aconteceu após um período de licença, permitido pela Congregação do Verbo Divino, depois de dois anos trabalhando em Curitiba. “Eu fiquei com uma licença por praticamente oito meses. Então nesse tempo eu estava celebrando sempre onde era necessário, onde pediam, seja durante a semana ou nos finais de semana. Mas não é a mesma coisa do que ter uma presença fixa num lugar como eu tenho agora”, relata o padre. “Então agora o Bispo Dom Sérgio me acolheu e eu passei a fazer parte do Clero Diocesano. Não sou mais da Congregação do Verbo Divino, sou agora da Diocese de Ponta Grossa”, completa.

Imagem: José Aldinan/DC.

Vocação

O padre Edvino conta que sua vocação sacerdotal foi solidificada no início de sua vida adulta. “Quando eu era criança, meu avô me dizia que eu ia ser padre e cresci com essa ideia. Depois mudei de ideia e só decidi mesmo a partir dos 22 anos, quando entrei para um seminário em São Paulo e lá fiz filosofia e teologia, sendo ordenado então no ano de 1982”, relembra.

“A ideia se solidificou através do trabalho em um grupo de jovens, em uma comunidade rural onde a gente morava, e a partir de então eu digo que ‘Deus foi me pescando’ para a vida sacerdotal”, detalha o padre. “São 40 anos de sacerdócio e agora, nesta terça-feira, dia 23, comemoro 41 de diaconato, porque seis meses antes da ordenação a gente recebe a ordenação diaconal”, explica.

Trajetória

Após o período no seminário da Colônia Dona Luiza, quando iniciou a vida de padre no núcleo Santa Maria, o padre Edvino foi a Curitiba, onde trabalhou por seis anos como coordenador dos padres. Voltou à Ponta Grossa e de 1996 a 98 foi coordenador de comunicações da Congregação na região pan americana. Em 1999, assumiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Centro de Ponta Grossa, onde permaneceu até 2006.

Em 2007, o padre Edvino foi trabalhar em Roma, na Itália. “O trabalho em Roma foi inicialmente para coordenar as comunicações na Congregação do Verbo Divino. A experiência mais gratificante foi o trabalho que fiz na Rádio Vaticano, transmitindo as missas do Papa Bento XVI para o Brasil e tendo três minutos de encontro pessoal com ele. Claro que isso marcou a vida profundamente”, relembra o padre, com emoção.

Padre Edvino com o Papa Bento XVI. Imagem: Reprodução Facebook.

Também em Roma, coordenou um local de turismo religioso. Para o padre, foi um período muito enriquecedor em sua vida. “Continuo muito ligado com a Rádio Vaticano, mandando mensagem, transmitindo o noticiário deles aqui, para as rádios da nossa região”, conta. O trabalho na Itália durou cinco anos.

Em 2012, voltou para Ponta Grossa, na Paróquia do Rosário, onde permaneceu por mais oito anos. No ano de 2020, foi novamente trabalhar em Curitiba, como pároco na Igreja Santo Estanislau, onde permaneceu pro dois anos, até 2022. Nesse período, enfrentou a experiência de celebrar missas em meio a uma pandemia.

“Foi uma experiência dolorosa. Celebrar uma missa online não é a mesma coisa do que ter uma igreja cheia. Quando você tem uma comunidade reunida, você olha nos olhos das pessoas e entende se estão compreendendo o que você fala. Então nós temos que valorizar muito agora, essa oportunidade que temos, e que Deus não permita mais uma pandemia. Agora a gente retoma com mais energia, eu diria, e com maior alegria”, expressa.

Atualmente, padre Edvino vive sua rotina diária de atividades como pároco, conciliadas com outros compromissos, como visitas a doentes e outros atendimentos. Também participa de gravações em rádios e de vídeos para sua página no Facebook. “Aqui em Ponta Grossa tenho ‘mil e uma atividades’. Também sou responsável como capelão das forças de segurança, dou assistência à Polícia, aos Bombeiros, à Guarda Municipal, então meu trabalho não se restringe apenas à Paróquia”, conta. “O pouco tempo livre na semana uso para preparar homilias, organizar reuniões, os dias passam que a gente nem vê”, completa.

“O povo de Ponta Grossa sabe que eu amo essa cidade e eu gostaria de fazer um convite para que venham participar comigo aqui no Núcleo Santa Maria”, conclui o padre.

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