A família de Cauane Zavolski Martins, jovem de 20 anos que desapareceu em Ponta Grossa em janeiro do ano passado, se prepara para buscar justiça. Hoje (15) eles se reuniram em frente ao Fórum de PG, por volta das 14h, para a primeira audiência que julga os réus apontados como autores da morte da garota.
Durante a sessão serão ouvidas mais de dez testemunhas do caso. São oito só de acusação. A audiência ocorre na Vara de Violência Doméstica de Ponta Grossa e deve durar toda a tarde. A sessão seria presencial, mas foi mudada para o modelo virtual.
Um dos homens apontados como responsável pela morte de Cauane foi preso preventivamente em outubro do ano passado. Ele tem 40 anos de idade e era namorado da jovem na época do crime. A motivação, segundo as investigações da Polícia Civil, seria ciúmes, pois Cauane teria mais de um relacionamento amoroso na época.
Em contrapartida, a defesa do réu, comandada pelo advogado criminalista Luís Carlos Simionato Júnior, sustenta a negativa de autoria. Já a família da vítima é representada somente pelo Ministério Público, sem auxílio de assistente de acusação.
Nesta fase do processo, todas as testemunhas são ouvidas novamente e, após as alegações de acusação e defesa, o juiz dá a sentença de pronúncia, indicando se o réu vai ou não a júri popular.
Desaparecimento e drama
Cauane Zavolski Martins, 20 anos, desapareceu no dia 28 de janeiro de 2022. Os familiares passaram mais de um mês procurando a garota. No dia 11 de março, a própria família, com o auxílio de um cão farejador, localizou uma ossada humana no Distrito de Itaiacoca, zona rural de Ponta Grossa. No dia seguinte a Polícia localizou o crânio.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) saiu seis meses depois e confirmou que a ossada pertencia a Cauane, que passou por sepultamento após meses de desespero da família.
Na noite em que desapareceu, Cauane havia saído com amigos. No entanto, depois teria ido a um apartamento. Foi nesse local que a Polícia encontrou drogas, uma marca de disparo de arma de fogo na parede e marcas de sangue.
O namorado acusado continua preso. Outras três pessoas respondem pela morte da jovem. Duas delas estão em liberdade, enquanto a terceira está foragida. A princípio elas teriam ajudado na ocultação do corpo.
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