A Agência Brasil, órgão produtor de notícias vinculado ao Governo Federal, está sendo alvo de uma polêmica por utilizar a chamada linguagem neutra em uma reportagem recentemente. Com o título “Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília“, o material cita o “1º Encontro de LGBT+eleites” e destaca que, “a pedido das parlamentares eleites, a repórter utilizou o gênero neutro nas construções das frases”.
Porém, o uso da linguagem não-binária, que visa evitar o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino), não agradou algumas pessoas – inclusive o deputado federal Sandro Alex, que se posicionou nas redes sociais e em um programa de rádio na manhã desta quarta-feira (25).
“Parlamentares eleites. Infelizmente está na agência oficial do país. Assaltaram a gramática!”, disse ele, em seu Twitter.
Parlamentares eleites.
— Sandro Alex (@SandroAlex5555) January 23, 2023
Infelizmente está na agência oficial do país.
Assaltaram a gramática!https://t.co/t333iar8a8
Já no seu Facebook, o deputado ponta-grossense descreveu a linguagem neutra como uma “impossibilidade normativa”.
“A estrutura do português não suporta um gênero neutro, que existia no latim e persiste no alemão, mas desapareceu nas línguas neolatinas. A gramática é como um edifício, você mexe na parte externa, que é a pintura, que são as palavras, mas não na estrutura, na parte interna. Sim, necessário respeito a todos. Também com a língua portuguesa”, afirmou ele.