A unidade de saúde (UBS) José Bueno, em Ponta Grossa, está sem médicos há pouco mais de três meses. A informação é dos moradores da região do Bairro Boa Vista, que são atendidos no referido posto de saúde. De acordo com a moradora e presidente da Associação de Moradores do Jardim Montecarlo, Nelsi do Nascimento, apenas dez consultas são realizadas ao dia por apenas um profissional.
“Tem apenas um médico para atender os moradores de cerca de quatro vilas do Bairro Boa Vista. Os pacientes precisam chegar antes das 7 horas da manhã e os atendimentos são por fila de espera. A preferência é para os moradores do Jardim Jacarandá e Leila Maria. Se sobrar vagas, você é atendido, do contrário, é encaminhado para a UPA Santa Paula”, relatou Nelsi.
A moradora relatou que ela mesma aguarda para apresentar o resultado de uma exame de mamografia realizado há quatro meses. “Eu não tenho para quem mostrar. E se eu estiver com algo grave? Além disso, sou diabética e tenho dores. Na UPA, eles mandam eu voltar para o posto de saúde e pedir encaminhamento. Como vou fazer isso se eu não consigo ser atendida?”, questionou.
Nelsi lembra ainda que, em conversa com os moradores, a prefeitura havia garantido que faria a contratação de mais profissionais através de um concurso público. “Os pacientes precisam de uma resposta. Todos os dias filas enormes são formadas em frente a unidade”, apontou.
Prefeitura
Sobre essa situação, a prefeitura informou que na referida unidade estão cadastradas 8 mil pessoas, duas equipes e um médico. “No momento, estamos realizando cobertura parcial das agendas de gestantes, urgências e renovação do cuidado continuado devido a essa ausência de profissional médico”, disse em nota.
O Município destacou ainda que está trabalhando para normalizar a situação e voltar com o atendimento integral na unidade. “Quanto à reposição médica, ela irá acontecer por processo seletivo e concurso público que está em processo de abertura, credenciamento ou ainda pela reposição das vagas pelo governo federal”.
Segundo a prefeitura, os demais profissionais estão disponíveis e que as unidades trabalham observando o protocolo de atendimento do Município. “Então podem procurar a unidade para acolhimento e classificação de risco”, finalizou.