Após ficar 9 anos sem uso, a estrutura do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa começou a ser demolida nesta semana. O ato dá início à abertura de espaço para a transformação da área em um complexo de lazer, que deve ser construído em 2023. O imóvel fica na rua Valério Ronchi, no bairro Neves.
O início dos serviços foi anunciado nesta terça-feira (20) pela prefeita Elizabeth Schmidt, em um vídeo publicado nas suas redes sociais. “Logo a população da região Rio Verde terá um novo espaço de lazer. As obras estão começando e assim essa antiga estrutura dará lugar ao Bosque do Rio Verde”, disse ela, ao lado do secretário de Meio Ambiente, André Pitela.
Em entrevista ao DC, Pitela lembrou que a demolição está sendo feita pelo Mariano Atacadista, já que consta como medida do estudo de impacto de vizinhança (EIV) do empreendimento, com a fiscalização da secretaria. “Enquanto isso, estamos fazendo adaptações no projeto técnico do Bosque do Rio Verde, solicitadas pela Sedest [Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo]”, explicou ele.
Após a finalização do projeto a obra será licitada pela Sedest, que liberou R$ 700 mil de emenda para o espaço.
Bosque Rio Verde
Conforme destacou a prefeita no vídeo, o projeto contempla a recuperação das margens do rio Verde e a construção de estruturas como parquinho infantil, academia da terceira idade, banheiros públicos, pista de caminhada e corrida, estacionamento e área para ciclistas.
Ao DC, Pitela também reforçou que a recuperação ambiental do Bosque do Rio Verde vai integrar ainda o projeto Poliniza Paraná – que quer ampliar o número de abelhas nativas, afastando o risco de extinção de espécies, e favorecer a consciência ecossistêmica e a reprodução de plantas. Por isso, colmeias de abelhas nativas sem ferrão devem ser instaladas no local.
Matadouro Municipal de Ponta Grossa
O imóvel do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, espaço do bairro Neves que já chegou a abater quase trezentos animais por dia, foi interditado pela Justiça em 2013 devido a irregularidades ambientais.
Em 2018, chegou a ser utilizado temporariamente pelo 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) para treinamentos militares, mas o término da permissão de uso ocorreu no mesmo ano e desde então não havia perspectivas de uso do local.