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Pior rodovia do Brasil faz divisa com o Paraná

Foto tirada pelo estudo da CNT na BR-163, em São Miguel do Oeste. Trecho até Dionísio Cerqueira é o pior do país. Foto: Divulgação / CNT

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) realiza estudos anuais para avaliar as condições das rodovias brasileiras. No relatório, a entidade apresenta diferentes quesitos que servem como parâmetro para o diagnóstico. Esses quesitos são: pavimento, sinalização, geometria da via (traçado) e pontos críticos. Também são englobados pontos como custo operacional, necessidade de investimentos e meio ambiente.

O estudo permite a resposta a uma questão: qual a pior rodovia do Brasil?

Segundo a análise mais recente, feita no ano passado pela CNT, a rodovia em piores condições é a BR-163, no trecho entre as cidades de São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, no oeste de Santa Catarina. O trecho faz divisa com o sudoeste do Paraná, onde está a cidade de Barracão e com Bernardo de Irigoyen, na Argentina.

Este trecho da rodovia está enquadrado na categoria ‘Péssimo’ em todos os quesitos avaliados e ocupa a posição 505 no ranking nacional.

Estão também entre as piores rodovias do Brasil: RS-153 (Barros Cassal a Vera Cruz), AC-405 (Mâncio Lima a Rodrigues Alves), AC-010 (Porto Acre a Rio Branco), AM-010 (Manaus a Itacoatiara), BA-122 (Morro do Chapéu a Seabra), PE-177 (Quipapá a Garanhuns), PE-545 (Exu a Ouricuri), MA-006 (Buriticupu a Alto Parnaíba) e PE-096 (Palmares a Barreiros).

Paraná

A Pesquisa CNT de Rodovias avaliou toda a malha pavimentada das rodovias federais e principais trechos estaduais do Paraná. Em 2021, foram analisados 6.257 km no estado, que representa 5,7% do total pesquisado no Brasil.

  1. Estado Geral: 55,8% da malha rodoviária pavimentada avaliada do estado apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas; e 44,2% da malha são consideradas ótimas ou boas.
  2. Pavimento: 48,3% da extensão da malha rodoviária do estado avaliada apresentam problemas; e 51,7% estão em condição satisfatória.
  3. Sinalização: 47,1% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 52,9%, ótimas ou boas; 4,0% da extensão está sem faixa central e 12,3% não têm faixas laterais.
  4. Geometria da via (traçado): 57,2% da extensão da malha rodoviária do estado apresentam algum tipo de problema e 42,8% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 79,8%. Falta acostamento em 42,3% dos trechos avaliados e 37,1% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
  5. Pontos críticos: a pesquisa identifica 9 no estado (8 trechos com buracos maior que um pneu).
  6. Custo operacional: as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 27,7%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
  7. Investimentos necessários: para recuperar as rodovias no Paraná, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 3,2 bilhões.
  8. Meio ambiente: em 2021, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 50,7 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 223,41 milhões aos transportadores.

Veja a síntese dos dados por Região e Estado:

As melhores rodovias do país

As dez melhores rodovias do Brasil ficam no estado de São Paulo. A melhor delas é de concessão pública. As demais da lista são concessionadas. Todas estão com nível considerado ‘Ótimo’ pelo estudo da CNT.

  1. SP-320 (Rubineia a Mirassol)
  2. SP-348 (Cordeirópolis a São Paulo)
  3. SP-225 (Itirapina a Santa Cruz do Rio Pardo)
  4. SP-334 (Cristais Paulista a Ribeirão Preto)
  5. SP-280 (Santa Cruz do Rio Pardo a São Paulo)
  6. SP-075 (Campinas a Sorocaba)
  7. SP-300 (Castilho a Jundiaí)
  8. SP-308 (Charqueada a Salto)
  9. SP-330 (Igarapava a São Paulo)
  10. SP-147 (Itapira a Piracicaba)

Saiba mais sobre o estudo da CNT

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