O número de homicídios em Ponta Grossa aumentou 54,7% nos primeiros sete meses deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho de 2021, foram registrados 42 assassinatos por armas de fogo, brancas ou espancamento. Os dados foram retirados do relatório estatístico da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP-PR).
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Neste ano, até 27 de julho, foram 65 mortes conforme levantamento realizado pela reportagem do Jornal Diário dos Campos. Nesse total também estão os óbitos em decorrência de confrontos com a polícia. Os homicídios do primeiro semestre já se aproximam do total de homicídios registrados em todo o ano de 2021. Naquele ano ocorreram 73 mortes.
Dos 65 homicídios de 2022, 37 deles foram com características de execução e a principal motivação, de acordo com as investigações da Polícia Civil, aponta para o tráfico de drogas e briga de facções criminosas em Ponta Grossa.
Mulheres
Um fator que chamou a atenção neste ano foram os crimes envolvendo mulheres. Um dos casos foi o da advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, 37 anos, morta a tiros momentos após estacionar o veículo para deixar a sua cabeleireira em casa, no Residencial Buenos Aires, bairro Contorno, no dia 18 de março.
No dia 6 de julho, a dona de casa Simone Aparecida Nunes de Morais, 48 anos, foi morta na frente dos filhos pequenos. Simone tinha dez filhos e, de acordo com a polícia, um possível envolvimento com drogas.
Operação
Ainda no final de junho, a Polícia Civil de Ponta Grossa e o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação PAX para o cumprimento de mandados contra pessoas ligadas às execuções na cidade.
As investigações visaram desarticular uma organização criminosa responsável pelos crimes de tráfico de drogas e por inúmeros homicídios ocorridos entre 2021 e 2022. Ao todo sete pessoas foram presas: quatro homens e três mulheres.
A operação ainda cumpriu um mandado de suspensão das funções contra um policial militar suspeito de auxiliar o grupo criminoso com o fornecimento de informações.