Tudo indica que as previsões feitas no início de 2018 pelos leiloeiros de gado se confirmaram: segundo a Central Leilões, em depoimento à Globo Rural, a meta de 50 mil touros comercializados em 2018 deve ser ultrapassada nos relatórios de fechamento do ano.
O mercado de leilão de touros voltou a ter fôlego no ano passado após um 2017 cheio de oscilações e incertezas, com episódios públicos como a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal e que desnudou um esquema de liberação irregular de licenças para frigoríficos envolvendo grandes empresas brasileiras.
Fôlego retomado em 2018
Segundo os dados divulgados pela Central Leilões, o valor do lote também teve valorização em 2018, comparado ao ano anterior. A média por exemplares de Nelore, por exemplo, foi de R$ 9.550, mais do que os R$ 9.200 de 2017. No entanto, algumas outras raças de reprodutores sofreram leve desvalorização do seu valor em 2018, porém o resultado geral é positivo. A arroba também apresentou valorização, e chegou a até R$ 155.
Um dos principais pontos de expansão da pecuária é a genética. Não faltam compradores de lugares como América Central, África e Caribe, buscando nos reprodutores brasileiros uma qualidade superior para levar às suas regiões. Segundo os especialistas da empresa que levantou os dados, o futuro da pecuária nacional aponta para a genética, com a venda de reprodutores.
A exportação da carne brasileira também é outro fator que tende a estimular o mercado pecuário em 2019, trazendo crescimento ainda maior que em 2018. Vale lembrar e ressaltar que o mercado mundial se torna cada vez mais exigente, buscando touros com excelente avaliação em programas genéticos e com pedigree comprovado para a carne, aumentando o valor dos animais em até duas vezes em relação aos demais reprodutores. Além do mercado nacional estar apurando cada vez mais o próprio paladar, isso também ocorre em outros lugares do mundo.