A pedido do Ministério Público do Paraná, foi determinada a prisão preventiva do homem investigado pela morte do guarda municipal Marcelo Aloizio Arruda, em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, ocorrida no sábado (9).
A conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva foi expedida pela Justiça nessa segunda-feira (11), a pedido do Núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que acompanha as investigações.
Ao determinar a prisão preventiva do investigado, o Juízo afirmou que, “pelo que consta dos autos o flagrado, aparentemente por motivos de cunho político, praticou atos extremos de violência contra a vítima, que sequer conhecia”.
O pedido ocorreu após o MPPR ter tido acesso aos autos das forças policiais, que atenderam o caso e realizam as investigações para apurar os detalhes da ocorrência. Ainda segundo detalhado no processo pelo MPPR, o homem teria invadido a festa de aniversário e, “após uma discussão inicial, deixado o local, retornando cerca de dez minutos depois armado, efetuando na presença de diversos convidados os disparos de arma de fogo, em decorrência dos quais a vítima faleceu”.
Investigação
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) ainda não dá detalhes a respeito do caso. A delegada Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), presidirá o inquérito policial e chegou em Foz do Iguaçu na manhã dessa segunda-feira.
Uma equipe de investigadores da DHPP vinda de Curitiba reforça os trabalhos para garantir celeridade na apuração dos fatos. A reportagem do Diário dos Campos e portal DCmais contatou a Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Polícia Militar local e assessoria da SESP. Até o momento, nenhum dos órgão confirmou se Marcelo conhecia o atirador, e se de fato a conotação política ficou comprovada na esfera das investigações criminais.
A festa
No final de semana, Marcelo Arruda dava uma festa de aniversário na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física (Aresf), que tinha como decoração símbolos do PT e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Supostamente teriam ocorrido provocações entre Arruda e o autor dos disparos, o que só poderá ser confirmado por meio do resultado das oitivas policiais. Arruda, que também estava armado, revidou antes de morrer. O suspeito preso ainda estaria hospitalizado, segundo informações extra-oficiais.