O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a também procuradora de Registro (SP), e sua chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, foi preso na manhã desta quinta-feira (23). A informação foi confirmada pelo governador do estado, Rodrigo Garcia, em seu Twitter.
Informo em 1 mão: a @Policia_Civil acaba de prender o agressor Demetrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte agora e use contra ele todo o peso da lei. Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em SP. Denuncie sempre.
— Rodrigo Garcia (@rodrigogarcia_) June 23, 2022
A ordem foi dada pela Justiça de São Paulo nesta quarta-feira (22), mas apenas nesta quinta (23) o homem foi localizado e detido.
Macedo deu socos, chutes, e xingou a procuradora dentro do ambiente de trabalho. A procuradora foi ferida na cabeça. A ação foi filmada por funcionários da prefeitura e o vídeo se espalhou rapidamente nas redes sociais.
O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além do depoimento da procuradora-geral, para fundamentar o pedido de prisão preventiva.
Antes da agressão à colega, um processo administrativo já havia sido aberto contra Macedo para apurar denúncias de hostilidade com outra funcionária da repartição. A servidora tinha relatado que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que o procurador.
Prefeitura
Um dia antes de ser preso, o procurador Demétrius foi suspenso pela Prefeitura de Registro por 30 dias. Pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município, ele deverá ser submetido a processo administrativo que pode concluir por sua exoneração.
Por meio de nota, a prefeitura de Registro disse que repudia os “brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal mulher que exerce o cargo de procuradora-geral do município”.
“Que a vítima e sua família recebam toda nossa solidariedade, apoio e cada palavra de conforto e acolhimento”, diz a nota da prefeitura. Segundo a prefeitura, os servidores da Procuradoria-Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos vão receber acompanhamento psicológico, e toda prática de violência que ocorrer em sua administração será “severamente punida”.