O governo federal decidiu reduzir a alíquota do imposto de importação sobre o vergalhão de aço de 10,8% para 4%. A decisão começou a valer a partir da última quinta-feira (12/05) e foi comemorada por associações e federações ligadas ao setor da construção, que acreditam que a iniciativa diminuirá o impacto do aumento acumulado do custo da construção.
O presidente da Associação Paranaense de Construtores (APC), Ariel Tavares, entende que, caso seja repassada ao mercado, a diferença deve reduzir o custo de um dos principais insumos da construção. “É uma medida necessária e que veio em boa hora. O aço é uma parte representativa da obra e essa redução ameniza um pouco o impacto dos reiterados aumentos que tivemos até agora”, afirmou.
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Para José Carlos Martins, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a decisão é significativa para reduzir o peso do aumento expressivo dos materiais. “Hoje a construção civil está inibindo investimentos futuros pela perda da capacidade de compra das famílias. Mas medidas como essa ajudam a regular o mercado”, disse.
“Acompanhamos essa discussão desde o início, foram várias reuniões em Brasília sobre o tema. Nosso objetivo era zerar essa alíquota, mas o lóbi das empresas de aço conseguiu segurar esses 4%. Contudo, já é um avanço fundamental, não apenas para a habitação, mas para todas as obras de engenharia do país”, ressaltou o presidente da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (Fenapc), João Victor Ribeiro.
Além do aço, outros produtos como carne de boi, carne de frango, trigo e farinha de trigo, milho em grão, bolachas e biscoitos tiveram sua tarifa de importação reduzida a zero.