Em dezembro de 2021 o jornal Diário dos Campos e portal dcmais noticiaram transtornos gerados por uma empresa que realizou a ampliação da fábrica da Heineken em Ponta Grossa (PR) e deixou prejuízo na obra por deixar de pagar funcionários e fornecedores no final da construção. A Heineken afirma estar atuando na buscar por uma solução.
O caso envolveu a empresa paulista MXM Montagem Industrial e Locação Eireli, subcontratada pela gigante asiática Lehui. Na ocasião, o Grupo Heineken informou que estava em busca de uma solução para os problemas, inclusive depositou R$ 4 milhões na conta do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil para pagamento em atraso dos funcionários. A época, a dívida com os fornecedores foi estimada em R$ 10 milhões.
Passados quase cinco meses desde aquela reportagem, o DC voltou a contatar os envolvidos no caso do prejuízo na obra de Ponta Grossa. A empresária Dayane Huhn Justus, que forneceu serviços de hospedagem aos trabalhadores da MXM, relatou que não houve nenhum contato no sentido de pagamento das dívidas.
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Fornecedores
“O problema persiste até hoje para todas as empresas. A Heineken se comprometeu a nos auxiliar, junto à imprensa, mas não adotou medida nenhuma. Está anunciando novo aporte na cidade, mas não tomou a iniciativa para cobrir o calote anterior. Não houve nenhum contato conosco, nem com as [outras] empresas [prejudicadas]”, disse Dayane.
Heineken
A assessoria de imprensa da Heineken informou que “o Grupo Heineken segue acompanhando o caso que envolve as empresas Lehui, sua contratada direta, e MXM, empresa terceirizada pela Lehui para a obra de ampliação de sua unidade produtiva em Ponta Grossa. Até o momento, ainda não houve uma resolução definitiva da situação. A companhia reforça que o respeito e o cuidado são valores base de sua atuação e, por isso, contribuiu desde o início com o pagamento das dívidas da MXM para com seus trabalhadores, e todos os valores inicialmente estipulados em acordo com o Sindicato foram devidamente repassados a todos os envolvidos. O Grupo Heineken afirma que tem cumprido com todas as suas responsabilidades legais e que seguirá atuando junto ao caso na busca por uma solução”.
MXM
Manoel Severino, que se apresenta como representante da MXM, informou que está entrando com processo contra a Lehui, e informa que a empresa não tem como quitar o débito com nenhum dos fornecedores. “Estamos parados. A empresa está passando por um momento muito difícil e também contamos com esse recurso para sobreviver”, disse.
Lehui
A reportagem também entrou em contato com a filial da Lehui no Brasil, solicitando detalhes sobre sua participação no andamento desse caso, mas foi informada de que a filial está sob nova administração a partir desta semana e que, no momento, não tinha informações para serem repassadas.