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Cresce número de mulheres nas forças de segurança

Gradativamente, a mulher vem alcançado lugar de destaque em todos os segmentos. Nas forças de segurança não é diferente. Por muito tempo se considerou que a mulher fosse incapaz de segurar uma arma de fogo e suportar os desafios que a função exige. Mas o desafio maior é mudar uma cultura que, historicamente, segmentou atribuições e restringiu oportunidades.

Foi esse um dos desafios que levou a psicóloga Carolina Soares a se alistar no Exército Brasileiro, além dos ensinamentos que ultrapassam o necessário para formar um soldado. “O que me atraiu foi a disciplina e a hierarquia que o exército impõe e que, em muitos casos, poderia estar também em outros setores da sociedade civil. É onde se aprende a superação pessoal e a importância do trabalho em equipe”, diz, lembrando que o cuidado com o patrimônio e de uns para com os outros fazem parte dos ensinamentos na rotina militar.

Ela está lotada no 3º Regimento de Carros de Combate (3º RCC) de Ponta Grossa, onde iniciou há cerca de 45 dias, sendo a única psicóloga a atuar entre os quartéis instalados no município. Como ela, muitas outras mulheres ainda rompem barreiras em suas funções.

Conforme divulgado pela 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld), no concurso de admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército para o ano de 2017, a relação candidato vaga para o público feminino foi de 192,65, enquanto a relação candidato vaga para o público masculino foi de 55,14. Isso pode significar um aumento do interesse das mulheres pelo exército, embora haja vários fatores que acabam limitando a inserção delas.

 

Desafios

O oficial de comunicação social da 5ª Bda C Bld, Coronel Cláudio Roberto Nunes Grosso, explica que, talvez, a questão principal seja logística. “Os alojamentos para mulheres exigem especificidades e precisaríamos de mais médicos especializados, por exemplo. A muitas outras questões que levam o exército brasileiro a não ter, ainda, mulheres soldados. Elas são incluídas já como oficiais. Em Ponta Grossa, temos sargentos, tenentes e algumas poucas capitãs. Fora de Ponta Grossa, há mulheres majores e até tenentes-coronéis”, explicou. São dificuldades como essa que fazem com que o exército, em Ponta Grossa, conte com 1.349 militares, dos quais apenas 34 são mulheres.

 

PM e Guardas Municipais

Na Guarda Municipal, 10% do efetivo é composto por mulheres. O secretário municipal de Cidadania e Segurança Pública, Ary Lovato, explica que o número é menor que o de homens devido a um maior número de aprovações de homens no processo seletivo. Mas ele vê uma necessidade frequente de mais mulheres no corpo da Guarda Municipal. “A patrulha Maria da Penha, o atendimento a casos de violência doméstica e as revistas pessoais em mulheres pedem a presença feminina. E as mulheres que compõem a GM são muito criteriosas, focadas, preparadas e que conseguem dar resposta à altura e honrar o uniforme que vestem”, diz.

A Polícia Militar informou que são pouco mais de 50 policiais militares femininas pertencentes ao 1º BPM, mas que outras estão em outras unidades como Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Patrulha Escolar e Polícia Ambiental.

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