A assessora de imprensa do Operário Ferroviário, Bianca Machado, é um exemplo de como as mulheres estão realizando seus sonhos profissionais em áreas onde a presença masculina sempre foi predominante. Bianca, de 23 anos, se formou em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em 2015, e decidiu seguir carreira no jornalismo esportivo porque, segundo ela, era um sonho desde criança. Hoje está consolidada no cargo pelo clube de futebol profissional, em Vila Oficinas.
“Sempre gostei de esporte. Mas, como não era atleta, decidi buscar trabalhar na área como repórter. No meu primeiro ano de faculdade já estava na Liga de Futsal dos Campos Gerais, em 2012. No início de 2015 já atuava na assessoria para o Keima Futsal e no final do mesmo ano acabei no Operário Ferroviário”, conta Bianca.
Driblando as dificuldades, ela diz que está feliz no clube alvinegro, mas admite que ainda sofre com o preconceito de forma geral. “Aqui no clube não há problema. Todos me respeitam, mas durante os jogos, principalmente fora do Germano Krüger, acontecem algumas situações desagradáveis”, explica Bianca. Ela lembrou dos fatos ocorridos em Iraty, quando o Fantasma jogou lá pela divisão de acesso do Paranaense. “Na ocasião fui tão xingada que pensei até em desistir. Entrei com um processo contra os torcedores que foram identificados na ocasião”, disse a assessora de imprensa. Hoje, o Fantasma conta com dez mulheres no seu staff de trabalho.
Torcida feminina
A técnica de laboratório Fernanda Dimbarre, de 23 anos, pertence a torcida organizada Trem Fantasma desde 2011, que conta com aproximadamente 15 mulheres. “Hoje sou diretora do Expresso Feminino da Trem Fantasma e nós temos nosso espaço, apesar de ainda haver preconceito, mas sinto que está bem melhor do que antes. Esperamos ver ainda muitas mulheres na torcida”, disse Fernanda.