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Setor de bebidas é o que mais arrecada ICMS na região de Ponta Grossa

Foto da linha de produção da Heinkene Ponta Grossa
Foto: Arquivo DC

As bebidas compõem o setor que mais gera impostos estaduais na região de Ponta Grossa. Apenas nos três primeiros meses de 2022 a arrecadação já soma R$ 112,77 milhões pagos em Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), valor que é praticamente o dobro do segundo colocado, o setor papeleiro (R$ 38,24 milhões).

Os dados foram repassados à reportagem do DC pela delegacia regional da Receita Estadual (3ª DRR), que abrange 22 municípios do entorno de Ponta Grossa.

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Em terceiro lugar vem o setor químico, que já pagou mais de R$ 30,37 milhões de ICMS neste ano, em quarta o comércio de alimentos (R$ 28,52 milhões) e em quinto o setor metalúrgico (R$ 26,94 milhões).

Porém, comparando o primeiro trimestre de 2022 com o primeiro de 2021, os destaques em crescimento são o fumo (+168,3%) e o setor automotivo (+135,8%), que mais do que dobraram o seu ICMS – este último, inclusive, é o sexto maior arrecadador do ano.

Municípios

A líder da região em arrecadação de ICMS é Ponta Grossa, responsável por 66,5% do total. Na sequência aparecem Ortigueira (6,1%), Castro (5,3%), Jaguariaíva (4,1%) e em quinto lugar Telêmaco Borba (3%).

Já no quesito crescimento nominal de um ano a outro o destaque é Jaguariaíva, que mais do que triplicou a sua arrecadação (+277%), assim como Ipiranga (+276,3%). Guamiranga mais do que dobrou o valor total (145,36%) e Imbituva cresceu +64%, Sapopema +48% e Sengés +45%.

Na outra ponta, de cidades que encolheram a sua arrecadação no primeiro trimestre deste ano, estão 8 dos 22 municípios da regional: Ventania (-26,2%), Palmeira (-19,8%), Porto Amazonas (-16,2%), Ivaí (-15,2%), Cândido de Abreu (-12,9%), Ponta Grossa (-10,3%), Piraí do Sul (-8,6%) e Reserva (-7,5%).

Bebidas representam quase R$ 1 a cada R$ 3 de todo o ICMS da região

Ponta Grossa já recebeu R$ 50 milhões em repasse de ICMS

De todo o ICMS arrecadado no Paraná, 75% fica para o estado e 25% para os municípios. Esta divisão para os municípios é feita a partir de características individuais de cada um, que juntas formam o índice de participação. Este, por sua vez, é calculado da seguinte forma: 75% são referentes ao valor adicionado, 8% à produção agropecuária, 6% à população rural, 5% ao fator ambiental (relacionado à quantidade de mananciais e reservas de proteção), 2% à área de propriedades rurais, 2% à extensão da área município e 2% é de distribuição igualitária.

Neste ano, dos mais de R$ 271,46 milhões de ICMS arrecadados na cidade de Ponta Grossa no primeiro trimestre, mais de 18,6% já foram enviados à Prefeitura: o repasse soma R$ 50,61 milhões, valor bem próximo ao obtido por Londrina R$ 50,63 milhões e superior ao de Maringá (R$ 50,45 milhões) – portanto, o segundo maior do interior do estado.

Saiba mais sobre os últimos repasses do Governo do Estado para as Prefeituras neste link.

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