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Pedaço de foguete de Elon Musk pode ter caído a 120 km de PG

Foto: Reprodução / Portal RDX

Um pedaço de metal que caiu a 120 km de Ponta Grossa pode pertencer ao foguete Falcon 9 da SpaceX, do bilionário Elon Musk. Um casal que reside na zona rural de São Mateus do Sul, no Paraná, encontrou a peça de quatro metros em meio a uma propriedade da região. Pesquisadores da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) classificam como “enorme a probabilidade” do artefato pertencer ao foguete de Musk.

De acordo com o portal RDX, de São Mateus do Sul, um técnico da Agência Espacial Brasileira (AEB) esteve na propriedade rural na tarde de hoje (18) para analisar o destroço. Estima-se que pese cerca de 600 kg.

O fragmento foi encontrado há dois dias na localidade de Água Suja. O proprietário da área, João Ricardo Portes, percorria a plantação de erva-mate quando se deparou com a peça de metal.

A Agência Espacial orientou que o local fique isolado e que ninguém toque no artefato para evitar danos. Nas próximas semanas, a AEB deve concluir a análise do lixo espacial e confirmar oficialmente se o pedaço de metal pertence ao foguete da SpaceX.

Falcon 9

O objeto que gerou esse lixo espacial era o segundo estágio do Falcon 9, lançado em 19 de dezembro do ano passado da Base da Força Espacial dos EUA em Cabo Canaveral, na Flórida, levando  à órbita o Satélite Geoestacionário Turksat 5B.

Após cumprir sua missão, o foguete permaneceu em órbita da Terra até o dia 8 deste mês, quando reentrou em nossa atmosfera às 04:36 da madrugada, cruzando os céus de Santa Catarina e Paraná. 

De acordo com a Bramon, São Mateus do Sul fica justamente na região de reentrada do foguete na Terra. Este processo de ‘retorno’ foi visto no céu do Paraná no dia 8 da semana passada.

Uma análise detalhada das imagens mostra algumas semelhanças entre o objeto encontrado em São Mateus do Sul e a tubeira do motor Merlin 1D utilizado no segundo estágio do foguete Falcon 9 da SpaceX. As semelhanças entre o foguete de Elon Musk e a peça que está no Paraná são apontadas na imagem abaixo. Elas estão na solda das emendas e nos buracos de rebites que podem ser visto nos dois objetos.

Créditos: Jocimar Justino / BRAMON

Outro ponto interessante dessa peça, conforme a Bramon, é que ela é feita de uma liga de nióbio e titânio, que garante à estrutura uma resistência adicional às altas temperaturas, o que explicaria o fato dela ter resistido à reentrada atmosférica.

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