Uma padaria de São Paulo fez uma mudança que gerou polêmica nas redes sociais. O bolo ‘nega maluca’ passou a ser chamado de ‘afrodescendente’. Segundo o próprio estabelecimento, que repercutiu a situação no Instagram, a mudança tem como razão ofício recebido no ano passado pela empresa.
Conforme os proprietários da padaria paulista, o Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo e a Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria enviaram documento solicitando cuidados com as nomenclaturas de doces.
No ofício consta ‘teta de nega’, ‘nega maluca’, ‘língua de sogra’ e ‘maria mole’. “O que era visto até com simpatia, hoje não é mais aceito”, diz o documento.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, repercutiu a situação que envolve o bolo chamado de ‘afrodescendente’ e taxou como ‘mimimi’ o ofício do Sindicato de São Paulo. “Temos uma relação de afeto com esses doces. Fazem parte das nossas vidas. Basta de tanto mimimi. Ninguém aguenta mais”, escreveu.
O Sindicato das Padarias de São Paulo está perseguindo, implacavelmente, o bolo Nega Maluca. Também estão na mira da patrulha politicamente correta a Maria Mole, Teta de Nega e Língua de Sogra. Querem criminalizar bolos.🤦🏽
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) March 16, 2022
Isso precisa acabar! ⬇️ pic.twitter.com/GrcWAwgg9M