O aumento de 24,9% no preço do diesel nas refinarias vai impactar diretamente nas famílias dos transportadores autônomos. É o que afirma o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa (Sinditac).
“A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já está refletindo em nosso país e o governo federal precisa tomar uma posição, pois as famílias desses trabalhadores serão prejudicadas, bem como a segurança do próprio caminhoneiro que não terá condições de fazer a manutenção dos caminhões”, aponta Neri Leobet, presidente do Sinditac de Ponta Grossa.
Segundo ele, o diesel representa 50% do valor do frete, o que vai aumentar os custos do transporte a partir do reajuste. “Com esse aumento, mil litros de combustível corresponde a R$ 7 mil. O preço está abusivo e não tem frete que consiga pagar isso. O motorista está pagando para trabalhar e não tem como tirar dinheiro do bolso para pagar isso”, disse Leobet.
Com relação às manifestações e paradas dos motoristas, o presidente do Sinditac destaca que isso acontecerá naturalmente. “Já vimos que várias transportadoras vão pedir para que os caminhões retornem de onde estão. É preciso que seja criado um subsídio para o caminhoneiro autônomo, caso contrário, eles vão parar por falta de condições”, finalizou Neri.