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Detentos trabalham no Operário e garantem conservação do Germano Krüger

Foto: André Jonsson / OFEC

O Operário Ferroviário junto à Penitenciária Estadual de Ponta Grossa estão em parceria desde 2013. O projeto chama-se “Não Pise na Bola” e foi firmado em convênio entre clube e o Estado para que detentos trabalhem no Operário em atividades diárias de limpeza, manutenção e conservação, especialmente do Estádio Germano Krüger.

Por meio do programa, os presos são assalariados e recebem 3/4 de um salário mínimo. O 1/4 restante é depositado no fundo Penitenciário e é utilizado para melhorias nas Unidades Prisionais do Estado.

Os presos também recebem redução de pena, sendo que, a cada três dias trabalhados, subtrai um dia do cumprimento da sentença. A parceria com o Operário dura nove anos e ajuda todas as pontas envolvidas no processo.

“O devido tratamento penal é importante para todos os envolvidos no processo, incluindo a sociedade. Temos que ter a consciência de que os privados de liberdade retornam para a sociedade após o cumprimento de pena e, na maioria dos casos, essa progressão é rápida e temos que nos perguntar como queremos esses indivíduos de volta. A resposta é fácil e obviamente desejamos que retornem com melhores condições de readaptação, sem cometer novos crimes”, comenta o diretor da Penitenciária, Bruno Propst.

Além disso, o diretor complementa sobre o desenvolvimento de uma cultura laborativa dos detentos. “Este tipo de projeto é o ideal para termos esse resultado. Os presos que trabalham melhoram o seu comportamento, desenvolvem uma cultura laborativa, evoluem como pessoa e dificilmente cometem novos crimes”, explica.

O coordenador de Operações e Patrimônio, Roberson Diego dos Santos, mais conhecido como “Robinho”, afirma que é significativo para o clube e para quem faz parte do projeto.

“O Operário tem uma função muito importante na cidade em termos de oportunidade e inclusão, dando uma nova oportunidade de vida para aqueles que realmente desejam retornar à sociedade com uma vida honesta. Eu mesmo sou muito grato ao clube, pelas grandes coisas que já fez e pela ajuda que realizou em minha vida”, exalta.

Robinho também detalha como o trabalho do Operário é essencial ao ressocializar os detentos. “Muitas dessas pessoas perderam a oportunidade de seguir em frente e hoje querem retomar uma vida nova. Cuidar da família, esposa e filhos. Então, o Operário tem um papel fundamental neste quesito. Aqui dentro, nós acabamos virando uma grande família, um ajuda e aconselha ao outro. Internamente, eu me sinto dentro de casa”, completa.

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