Após 9 anos desativado, o imóvel que abrigava o Matadouro Municipal de Ponta Grossa deve ser reutilizado. A Prefeitura pretende utilizar o espaço, que fica localizado às margens do Rio Verde, para construir um parque voltado ao lazer, contemplação e conservação da natureza.
De acordo com informações repassadas à reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais, o projeto está sendo finalizado pela administração municipal e deve ser apresentado até o final de fevereiro à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), que após aprovação deve liberar recursos de R$ 700 mil para a Prefeitura licitar a obra. “Considerando este trâmite, a previsão é iniciar a execução no 2º semestre deste ano”, afirma o Município.
A conversa com o Estado iniciou em novembro, quando autoridades locais se reuniram com o secretário da Sedest, Márcio Nunes, para discutir o projeto. Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente de Ponta Grossa, Andre Pitela, afirmou que ainda em 2021 seria iniciada a retirada dos entulhos e da estrutura antiga do local – que, porém, ainda está “de pé”.
Bosque Rio Verde
Intitulado de Bosque Rio Verde, o projeto prevê demolir a estrutura do antigo matadouro e construir um parquinho infantil, academia da terceira idade, quadra poliesportiva, banheiros públicos, pista de caminhada e corrida, estacionamento e área para ciclistas, com compressor de ar e torneiras, além de contemplar também a recuperação das margens do Rio Verde.
Outro projeto para o entorno do Rio Verde já vem sendo executado pela Prefeitura desde novembro: a revitalização do parque do balneário, espaço criado na década de 70 e alvo constante de vandalismo. Entre estes trabalhos estão o plantio de 200 árvores, sinalização, churrasqueiras, parquinhos e quadra esportiva.
Matadouro Municipal de Ponta Grossa
O imóvel do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, espaço em Uvaranas que já chegou a abater quase trezentos animais por dia, foi interditado pela Justiça em 2013 devido a irregularidades ambientais. Em 2018, chegou a ser utilizado temporariamente pelo 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) para treinamentos militares, mas o término da permissão de uso ocorreu no mesmo ano e desde então não havia perspectivas de uso do local.
Em janeiro de 2020 e de 2021 a reportagem do DC questionou a Prefeitura sobre os planos para o espaço, mas até então a resposta era apenas de que estava sendo desenvolvido um estudo para definir qual deveria ser a sua destinação. Entre as possibilidades estavam vender, alugar ou ceder para novos projetos, como por exemplo conceder a área para atividades permitidas dentro da legislação ambiental – ao lado do terreno há um rio, o que restringe os serviços que podem ser executados.
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