A alta na taxa de contaminação pelo coronavírus fez a Universidade Federal do Paraná (UFPR) adiar por duas semanas o início das aulas presenciais, que estava previsto para o dia 31 de janeiro.
O calendário acadêmico, no entanto, permanece inalterado. As aulas começam no mesmo dia 31 de janeiro, mas de maneira híbrida. Para assegurar atendimento aos estudantes que eventualmente tenham atividades práticas, a UFPR vai reabrir na mesma data os restaurantes universitários em todas as cidades onde a Universidade possui campi.
“É uma medida necessária, mas circunstancial, que tomamos tendo como base o respeito à ciência e à proteção da vida de todos os integrantes da comunidade da UFPR”, salientou o reitor Ricardo Marcelo Fonseca.
Com a decisão, o retorno dos acadêmicos às aulas presenciais está previsto para o dia 14 de fevereiro. Nesse período, os dados da pandemia vão ser acompanhados diariamente pelas comissões da UFPR que tratam do tema.
Cursos de 18 semanas
Os cursos que seguem o calendário de 18 semanas não sofrem alterações no início de suas atividades letivas presenciais, conforme regulamentado pelo Conselho de Ensino e Pesquisa da UFPR.
Contaminação
Dados oficiais mostram um forte crescimento na taxa de contaminação pelo coronavírus em todo o país. No Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, a média móvel de casos de covid aumentou 1.174,8% no levantamento fechado em 16 de janeiro, na comparação com a de 14 dias antes.
Pico
Além disso, a UFPR expõe na decisão uma projeção estatística feita pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), centro independente de pesquisa em saúde ligado à Universidade de Washington.
Os dados apontam que haverá um pico das internações por covid no Brasil justamente no fim do mês de janeiro, quando deveriam começar as aulas presenciais na Universidade. A mesma projeção mostra que a curva de casos tende a ser descendente a partir da segunda quinzena de fevereiro.
Assim, a UFPR concluiu que não seria responsável retomar as aulas presenciais justamente no momento que promete ser crítico, em função da onda da variante ômicron.