Policiais militares da reserva realizaram na manhã desta sexta-feira (17) manifestação de protesto em Ponta Grossa, assim como em diversas cidades do Paraná. Eles reivindicam a reposição da inflação salarial que, segundo o diretor da Associação de Cabos e Soldados do Paraná, há seis anos não é alterada.
“Estamos com a nossa Data Base desatualizada há seis anos. Nós recebemos por subsídio e queremos uma correção desse subsídio que está defasado”, explica o dirigente.
“Reivindicamos também uma carga horária justa para o policial da ativa, que está trabalhando na hora de folga, fazendo horas extras para complementar salários e não pode se manifestar”, acrescenta.
Em Ponta Grossa, o movimento dos manifestantes começou na Praça Barão de Guaraúna, em frente à Igreja dos Polacos, e desceu a Avenida Vicente Machado até a sede da 1ª Companhia, no Parque Ambiental.
Os policiais protestavam segurando cartazes em que deixavam exposta a insatisfação com a falta do reajuste e frisavam se tratar de um direito e não de um aumento salarial.
Orçamento
O governador Ratinho Júnior sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022, que prevê R$ 54,6 bilhões entre receitas e despesas, quase 8% superior ao exercício de 2021. O orçamento prevê o pagamento do reajuste de 3% aos servidores públicos, que leva em consideração o cenário econômico pós-pandemia.
O impacto financeiro é estimado em R$ 781,3 milhões por ano – R$ 459 milhões em ativos e R$ 322 milhões em inativos. O Estado tem cerca de 150 mil servidores ativos e 133 mil inativos (aposentados e pensionistas).