A prisão do homem de 32 anos suspeito de matar o auxiliar administrativo Cristian Luiz Gonçalves Rosas de Oliveira, 35, durou menos de 12 horas. Em audiência de custódia no início da noite desta terça-feira (7), a justiça decidiu soltar o suspeito. Ele vai responder pelo crime em liberdade provisória. A informação foi confirmada pelo advogado Renato Tauille, que representa a defesa.
“Argumentamos na justiça a legítima defesa, visto que a vítima foi até a residência com uma faca e depois voltou com uma arma de fogo. Basicamente foi esse nosso pedido pela soltura. A juíza acolheu esse entendimento”, relata Tauille.
A Polícia Civil de Ponta Grossa havia prendido ainda nesta terça-feira (7) o suspeito. O auxiliar administrativo, Cristian de Oliveira, foi morto com disparos de arma de fogo e facadas no bairro Ronda ainda durante a madrugada.
Para chegar até o suspeito, os investigadores analisaram as marcas de sangue deixadas pela vítima. Cristian foi encontrado ferido na Rua República do Panamá por volta das 3h30 da manhã, mas se deslocou por alguns metros até cair na via.
Com a análise, a Polícia Civil conseguiu detectar o local em que supostamente o crime aconteceu. O autor residia a poucos metros dali. Ele foi preso, encaminhado à delegacia e ouvido pelos policiais.
Contraditório
Segundo o delegado Fernando Jasinski, o suspeito alegou que Cristian teria mexido com a sua esposa há alguns dias e que, na madrugada desta terça, teria batido na porta de sua casa alterado e empunhando um facão.
Na versão do autor, Cristian teria passado a agredi-lo. O autor teria revidado. Ele afirmou que a vítima teria deixado o local e, em seguida, retornado com uma arma de fogo, fazendo um disparo. Segundo o homem preso, a arma teria falhado no segundo tiro.
No depoimento, o suspeito disse que conseguiu derrubar Cristian de um barranco e afirmou não ter mais visto o que aconteceu. Ele falou que haviam várias pessoas na rua.
“Além das contradições existentes na versão apresentada, percebemos na delegacia que o suspeito estava com marcas de sangue e, inclusive, vestia duas camisetas”, contou o delegado Fernando Jasinski poucas horas antes da justiça soltar o suspeito de assassinar Cristian.