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Azul desiste de comprar Latam por achar proposta muito cara

Foto: Arquivo DC

A Azul desistiu de comprar a Latam, pelo menos por ora, por achar a proposta muito cara. As duas companhias vinham negociando e as expectativas eram de uma possível combinação de negócios, mas o plano da Latam, que está em recuperação judicial, prevê uma injeção de US$ 8,2 bilhões – o que fez a companhia aérea que opera voos em Ponta Grossa deixar os planos de lado.

“O plano autônomo apresentado pela LATAM é, por definição, incapaz de gerar sinergias a partir desta combinação de negócios. Além disso, neste momento o valor da empresa no plano apresentado pela LATAM é maior do que a Azul acredita ser razoável, especialmente tendo em vista as contínuas incertezas no setor, especialmente nos mercados internacionais de longa distância”, destaca a Azul em comunicado publicado ontem (30) voltado ao mercado (veja abaixo).

Ao jornal Valor Econômico, o presidente da Azul, John Rodgerson, disse que por enquanto eles estão fora do negócio, mas que acha que terão outras oportunidades nos próximos meses. “Chegou a um nível que a gente acha que não vale. Especialmente quando a gente olha para o mercado internacional”, afirmou ele.

Comunicado da Azul sobre a possível compra da Latam

A seguir, confira na íntegra o comunicado da Azul divulgado neste domingo (28) com o título “Azul atualiza o mercado acerca de sua proposta para uma possível combinação de negócios com a LATAM”.

Azul S.A., “Azul” ou “Companhia”, (B3:AZUL4, NYSE:AZUL), atualiza o mercado sobre os recentes eventos acerca da proposta de combinação de negócios com a LATAM Airlines Group S.A. (“LATAM”).

Conforme divulgado pela LATAM em documento público arquivado em 26 de novembro de 2021, a Azul esclarece que apresentou confidencialmente em 11 de novembro de 2021, juntamente com alguns credores da LATAM, uma proposta não-vinculante referente a uma combinação de negócios com a LATAM (“Proposta”). A Proposta inclui a prospecção de aproximadamente US﹩5 bilhões de financiamento em ações (“Novo Capital”) garantido por alguns membros do grupo ad hoc de credores da LATAM, composto por várias instituições financeiras (“Credores Ad Hoc da LATAM”).

De acordo com a Proposta, a participação na empresa combinada seria compartilhada entre os atuais acionistas da Azul, os credores da LATAM que receberiam compensação em ações, e os participantes do Novo Capital. Além disso, Azul e Credores Ad Hoc da Latam acordaram que a governança da empresa combinada seria composta por um grupo independente de conselheiros, garantindo o alinhamento entre os interesses dos acionistas da empresa combinada.

A Azul acredita que a Proposta proporcionaria um crescimento significativo da malha aérea, com expansão no número de destinos e maior conveniência, produtos e serviços, beneficiando os clientes tanto da Azul como da LATAM. Esses benefícios gerariam sinergias estimadas em mais de US﹩4 bilhões em valor de mercado incremental acima do plano independente da LATAM, o que proporcionaria, portanto, grande criação de valor para os acionistas da Azul e maior recuperação para todos os credores da LATAM, respeitando as regras do processo de Chapter 11 dos EUA.

O plano autônomo apresentado pela LATAM é, por definição, incapaz de gerar sinergias a partir desta combinação de negócios. Além disso, neste momento o valor da empresa no plano apresentado pela LATAM é maior do que a Azul acredita ser razoável, especialmente tendo em vista as contínuas incertezas no setor, especialmente nos mercados internacionais de longa distância.

Como resultado, a Azul continuará focando em suas vantagens competitivas exclusivas proporcionadas por sua malha única e sua frota flexível, complementada pelo alto potencial de crescimento de negócios como a Azul Cargo, Azul Viagens e TudoAzul, e avaliando futuras oportunidades de parceria e consolidação.

A Azul manterá o mercado atualizado sobre quaisquer novidades.

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