Não há mais a presença de microcrustáceos em Ponta Grossa, na água distribuída pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A informação é da equipe técnica da Sanepar, e foi divulgada após a visita do diretor presidente da Sanepar, Claudio Stabile e do diretor de Operações, Sérgio Wippel, à Estação de Tratamento de Água (ETA).
Eles também vistoriaram a captação da Represa Alagados em Ponta Grossa e conversaram com a gerente geral da região Sudeste, Jeanne Cristine Schmidt. Segundo a Sanepar, após a visita, os diretores tiveram a confirmação que o problema dos microcrustáceos ocorrido na última semana foi resolvido, e não há mais nenhum resquício na rede de distribuição de água.
Microcrustáceos em Ponta Grossa
Os microrganismos foram percebidos pela população no dia 15, ocasião em que a companhia confirmou ter detectado o problema, e que havia adotado ações imediatas no dia 13. “A Sanepar concentrou todos os esforços para solucionar o problema e dar tranquilidade aos moradores de Ponta Grossa”, disse Stabile. O presidente acompanhou diretamente as ações desenvolvidas e a visita foi uma forma de confirmar presencialmente que a situação está controlada.
Qualidade
Como forma de ampliar a segurança da qualidade da água que chega até a população, a Sanepar também está liderando um grupo de estudos para análise da Bacia Hidrográfica do Pitangui, onde fica a represa do Alagados. Participam do grupo o Instituto Água e Terra (IAT), a Copel e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O objetivo é analisar os impactos dos múltiplos usos da bacia, que incluem geração de energia hidrelétrica, abastecimento público, moradias, atividades de agricultura, pecuária e lazer. Todas essas ações contribuem para a alteração das condições ambientais com impacto na quantidade e na qualidade da água.
Segurança
Com esses estudos podem ser definidas ações de fiscalização, monitoramento, recuperação e conservação da bacia. Esse trabalho poderá ser incorporado aos diversos Planos de Segurança da Água que a Sanepar desenvolve em cada região.
Do grupo de trabalho, fazem parte profissionais de diversas áreas como biólogos, geólogos, engenheiros das áreas ambiental, cartográfica e civil. Da UEPG, participam pesquisadores das áreas de Microbiologia Ambiental e Química Analítica, Ambiental e Sanitária.
Pesquisa aguarda resultados
Pesquisadores da UEPG também fizeram coleta dos microcrustáceos em Ponta Grossa e encaminharam amostra para laboratório em Minas Gerais. A expectativa é que o resultado seja divulgados nos próximos dias.
Até o momento, não foram informadas as espécies às quais pertencem os organismos. De posse das informações, eles querem identificar o que causou o surgimento dos seres na rede. E por que eles, aparentemente, proliferaram de forma mais rápida na Represa do Alagados.