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Prédio histórico do Museu Campos Gerais terá obras de restauração

Foto: José Aldinan

O prédio histórico que abrigou o Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) de 1983 a 2003 será totalmente restaurado. O imóvel, que já foi sede do Poder Judiciário da comarca na década de 1920, é tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual. A busca por recursos para a restauração vem sendo feita há pelo menos 10 anos.

O edital de licitação para contratar uma empresa especializada em restauro de imóveis antigos está publicado e prevê um investimento máximo de R$ 4.516.480,08. A vencedora também será responsável pela construção de uma edificação, de 277,68 m², que ficará anexa ao prédio do museu. De acordo com o projeto arquitetônico, o novo prédio vai diferenciar de uma edificação comum, pois irá contar com um elevador e uma passarela para interligar os dois imóveis, o antigo e o novo.

O certame vai ocorrer no dia 9 de novembro, às 14 horas. As obras devem começar no prazo de 15 dias após a assinatura da ordem de serviço, o prazo e execução das obras é de 365 dias corridos e a vigência do contrato é de um ano e meio. Com relação ao restauro, o edital observa que envolve procedimentos distintos de uma trabalho de engenharia convencional, por isso a importância da contratação de empresa com experiência na atividade. 

O projeto de restauro da sede do Museu Campos Gerais começou a ser elaborado em outubro de 2020, quando foram realizados os trabalhos de topografia e avaliação arquitetônica do edifício. Arquitetas de Caxias do Sul (RS) e Tupandi (RS) se reuniram com a direção do museu para análise de documentação e levantamento fotográfico de identificação das características originais do imóvel. 

De acordo com o projeto, diversas ações deverão ser realizadas, sendo minuciosamente detalhadas no edital para preservar a arquitetura original do prédio. “Os bens integrados deverão ser protegidos para que não sejam danificados pelas atividades realizadas na obra, como luminárias, balaústres, pisos, escada interna de mármore, marcos das esquadrias, escada interna de madeira e vitrais”, prevê o projeto arquitetônico.

Os trabalhos incluem a demolição de “forma manual e cuidadosa das escadas que dão acesso a varanda e fachada”. As pinturas dos espaços internos e da fachada do prédio têm paleta de cores e marcas de tintas especificadas no projeto. “Para as lajes de forro a cor deverá ser branca e para as paredes internas deverá ser Cinza Névoa da Manhã, de referência Suvinil ou similar. As paredes externas da obra receberão pintura látex acrílica nas cores Névoa da Manhã para as paredes e Cinza Carvão para a marquise”.

Conforme o projeto, os ladrilhos hidráulicos dos banheiros serão totalmente retirados e reaproveitados. “As peças serão removidas de forma cuidadosa e instaladas como mosaico de referência na entrada do pavimento térreo do anexo e na entrada do terceiro pavimento”. O prédio também será todo climatizado, um dos itens financeiramente mais expressivos do projeto de restauração do imóvel.

Prédio foi inaugurado em 1928

O edifício do primeiro Fórum de Ponta Grossa foi inaugurado em 4 de janeiro de 1928. O projeto arquitetônico foi elaborado pelo engenheiro Ângelo Lopes e a construção foi realizada por Paulo Ferreira do Valle, responsável também por outras obras como a Mansão Vila Hilda – sede da atual Fundação Municipal de Cultura.

Em 1983, o imóvel foi cedido pelo Poder Judiciário para o funcionamento do Museu Campos Gerais. Por conta de problemas estruturais do prédio, houve a necessidade de sua transferência para outro que pertence ao Banco Itaú. O espaço foi disponibilizado em comodato para a UEPG.

Em 2010, a Pró-Reitoria de Extensão entrou com um pedido de reforma no prédio por meio da Lei Rouanet. Em 2011, o projeto recebeu uma doação de R$ 1 milhão da Caixa Econômica Federal, o que possibilitou uma intervenção na estrutura do prédio (forro, vigas e telhado) e pinturas externa e interna do pavimento térreo.

A reforma foi importante para garantir a manutenção da construção, mas o valor não foi suficiente para permitir a reabertura do Museu. O imóvel está fechado para visitação desde então.

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