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Setembro encerra com chuvas abaixo da média no Paraná

Foto Gilson Abreu/AEN

A chuva finalmente chegou no Paraná nesta sexta-feira (1), interrompendo uma longa sequência de dias com tempo seco no Estado. Para este final de semana, a previsão é que as chuvas alcancem até 100 milímetros de volume.

No mês de setembro, no entanto, grande parte do território paranaense apresentou acumulado de chuva abaixo da média climatológica. Apenas no Sudoeste as chuvas ficaram acima do esperado para o período, enquanto no Litoral o volume se manteve dentro do comportamento histórico.

Houve, ainda, registros de temperaturas acima da média climatológica, inclusive quebrando recordes, nas regiões de Palotina (41.3°C), no Oeste, e Umuarama (40.7°C), no Noroeste. Os dados são do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

“De um modo geral, com exceção das regiões de Pato Branco e Francisco Beltrão, o Paraná registrou chuvas abaixo da média histórica em setembro, incluindo a Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Isso se deve ao predomínio das massas de ar seco que ainda estão atuando com bastante força sobre o estado”, explicou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

O déficit de precipitação foi mais significativo nos setores mais ao Norte, Oeste e central. Na estação de Londrina, o acumulado no mês foi de apenas 50,6 milímetros, enquanto a média esperada seria de 100,4 milímetros. No Noroeste, na região de Maringá, a precipitação ficou em 37,2 milímetros, sendo que a média histórica é de 96,4 milímetros.

Na de Ponta Grossa (Campos Gerais), cujo volume médio esperado era 119,3 milímetros, choveu apenas 58,2 milímetros. Em Guarapuava, no Centro-Sul, choveu 72,6 milímetros, abaixo da média para o mês, de 166,5 milímetros.

Curitiba também registrou precipitação abaixo do comportamento normal. A média do volume de chuvas em setembro na Capital é de 123,1 milímetros, mas choveu apenas 53 milímetros na cidade, uma diferença negativa de 58%.

O Sudoeste, onde a situação para o abastecimento era uma das mais críticas do Estado, se destacou positivamente no período. O acumulado na estação de Pato Branco em setembro chegou a 171,8 milímetros, enquanto o volume médio esperado era de 152,6 milímetros. Francisco Beltrão teve média de 204 milímetros, volume 60% maior que a expectativa que era de 133,7 milímetros.

MUDANÇA DO TEMPO

A esperança para o fim da estiagem é que a realidade do primeiro dia de outubro permaneça. A mudança nas condições do tempo em praticamente todos os pontos monitorados pelo Simepar no Estado aconteceu em função do gradual avanço de uma frente fria pelo Sul do País. Nesta madrugada, choveu no Leste, Oeste, Sudoeste e Sul do Paraná.

“Ocorrem chuvas fortes, com ventos fortes acima dos 55 km/h, em diversas regiões do Paraná”, informou o meteorologista do Simepar, Samuel Braun. “A chuva seguirá com mais expressão principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul”.

OUTUBRO

Para este primeiro final de semana do mês de outubro, segue mantida a previsão de chuva mais volumosa e abrangente nas regiões paranaenses, especialmente no domingo. A nebulosidade vai predominar no Estado com chance de chuva e garoa a qualquer hora. Deverá voltar a chover no Norte do Estado, região que vem tendo dias consecutivos de tempo mais seco.

O prognóstico se mantém para toda a primeira semana do mês, que apresentará chuvas características da primavera. De acordo com o meteorologista do Simepar, Lizandro Jacóbsen, com o fluxo de umidade vindo do Paraguai e Mato Grosso do Sul, as chuvas ingressam no Paraná, mantendo o tempo instável por vários dias.

A previsão de chuva é um alívio para a população, visto que a falta dela tornou ainda mais grave a forte estiagem que atinge o Paraná, que levou o Governo a decretar situação de emergência hídrica em todo o Estado.

“Se chegar nesse volume que está previsto, de até 100 milímetros de chuvas nesses primeiros dias do mês, as chuvas ajudarão a elevar os níveis dos reservatórios, beneficiando as cidades que enfrentam rodízio no abastecimento de água”, destacou Jacóbsen. “A vinda das chuvas é uma boa notícia também para os agricultores, que precisaram atrasar o plantio das culturas de verão por causa da estiagem”, acrescentou.

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