Um pequeno avião de pulverização agrícola foi obrigado a fazer um pouso forçado em uma plantação de milho a cerca de 1 km do Aeroporto Sant’Ana, em Ponta Grossa. O incidente ocorreu na tarde desta sexta-feira (14). O piloto não se feriu.
O avião pertence ao aeroclube de Ponta Grossa e o piloto deu um rasante, em treinamento às manobras usadas no processo de pulverização, mas chegou muito próximo do solo e o piloto se viu obrigado a pousar. O aparelho sofreu avarias.
O milho está com cerca de um palmo de altura e foi plantado sob a palha da cultura anterior (plantio direto), o que pode ter contribuído para suavizar o pouso forçado. Um helicóptero do Samu esteve no local, mas o piloto recusou atendimento.
Sites de notícias chegaram a publicar que um helicóptero havia caído na região do Cará-Cará, o que não procede.
Aviação agrícola
A aviação agrícola foi utilizada pela primeira vez no mundo em 1911, pelo agente florestal alemão Alfred Zimmermann, que concebeu a ideia para proteção de florestas de pinheiros em seu país.
Porém a ideia ganhou aplicação prática e em 3 de agosto de 1921, em Troy, nos Estados Unidos, ocorreu o primeiro voo de uma pesquisa de campo da então Aviação do Exército e o Departamento de Agricultura do País para proteção de florestas de catalpa contra larvas de mariposas.
Em 1926 foi a vez da Argentina utilizar a ferramenta aérea pela primeira vez contra gafanhotos em Rafaela, na província de Santa Fé. Com um avião italiano SAML com motor Fiat 100 HP. A praga motivou também o surgimento da aviação agrícola nos anos 1940 também no Uruguai e Austrália e outros países.
No Brasil desde 1947
No Brasil, a aviação agrícola surgiu em 1947, na cidade gaúcha de Pelotas. Na época, a região estava enfrentando uma praga de gafanhotos e os agricultores perdiam às vezes toda a produção para a voracidade dos insetos, contra os quais nenhuma técnica estava surtindo efeito.
O agrônomo Leôncio Fontelles, do Ministério da Agricultura, e o piloto Clovis Candiota instalaram em um biplano Muniz M-9, de instrução do Aeroclube de Pelotas um equipamento encomendado por Fontelles em um funileiro local (a partir de relatos sobre operações aeroagrícolas em outros países).