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Patrulha atende 260 mulheres vítimas de violência

A Patrulha Maria da Penha de Ponta Grossa atende 260 mulheres que sofreram violência doméstica e tem medida protetiva em vigor, de acordo com dados oficiais da coordenação desse serviço. A patrulha é um grupamento da Guarda Municipal e trabalha como fiscalizadora dessas medidas que são emitidas pelo Tribunal de Justiça do Paraná.

A patrulha pode ser acionada pelas mulheres a qualquer descumprimento das medidas protetivas de urgência por parte do agressor, como a que impede ele de se aproximar da mulher ou da família. De acordo com a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Liliane Chociai, duas equipes auxiliam as vítimas de agressão. "Se o agressor descumprir a medida, a mulher liga para nós no 153 e mandamos de imediato uma equipe para verificar a situação. A Polícia Militar também é acionada em alguns casos. Prezamos sempre pela segurança dessa mulher para que não ocorra outra situação de violência ou crime mais grave", explica.

Segundo a coordenadora, a patrulha realiza, em média, 10 atendimentos por dia, além disso, ela destaca que de todos os casos que a Patrulha Maria da Penha já monitorou ou monitora, nenhuma deles se transformou posteriormente em caso de feminicídio. "Temos muito orgulho de saber que estamos de fato dando a proteção necessária para essas vítimas e queremos continuar nesse caminho, onde elas tenham essa segurança de retomar a rotina delas", revela.

Os trabalhos da patrulha também estão ligados as atividades que são feitas no Núcleo Maria da Penha (Numape), que é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que atende vítimas de violência doméstica e familiar. As vítimas são encaminhadas por órgãos da rede de proteção (unidades básicas de saúde, escolas ou Centros de Referência) ou podem procurar o atendimento diretamente. Elas são atendidas por uma advogada, uma psicóloga e uma assistente social.

"Fazemos em média 200 atendimentos mensais, sempre individualizando a necessidade de cada uma. Todos esses serviços são gratuitos para as mulheres e duram o tempo que for necessário", explica a professora coordenadora do Numape, Maria Cristina Rauch Baranoski.

 O Numape funciona na rua Maria Rita Perpétua da Cruz, na região de Oficinas. O prédio está localizado em frente à Arena Multiuso e ao lado da Justiça do Trabalho. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h e das 13h30 às 16h30 – as mulheres podem ir até o local sem marcar horário.

Feminicídio

Durante o dia de ontem (22), a Ordem dos Advogados do Brasil, Patrulha Maria da Penha e Numape realizaram uma ação no Calçadão da Coronel Cláudio para falar sobre a importância de denunciar os crimes de violência contra mulher e lembrar da data de 22 de julho. Esse dia foi instituído como Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná através da Lei nº 19.873/2019, em referência ao dia da morte da advogada Tatiane Spitzner, que foi vítima de feminicídio em Guarapuava.

A presidente da Comissão da Mulher, Silvia Elaine da Silva, lembra que uma data como essa deve ser lembrada para que as mulheres saibam que existem leis que podem protegê-las. "É importante que elas saibam como podem se proteger, pedir ajuda e acionar a justiça para que não sofram mais violência. O caso da Tatiane vem nos lembrar a sociedade deve agir quando ver ou souber de situações como essas. Através das denúncias e do registro oficial da violência podemos mudar o cenário e evitar que crimes como esse aconteçam novamente", explica. De acordo com Silvia, o Paraná registrou 82 feminicídios de maio de 2018 até maio de 2019.

 

Telefones para denunciar violência doméstica

Polícia Militar – 190

Central de Atendimento à Mulher – 180

Patrulha Maria da Penha – 153 ou (42) 3220-1040 ramal 2105

Delegacia da Mulher – 3309-1300

Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher – 3309-1774 e 3309-1686

 

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