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O Operário está na Copa do Brasil? Entenda a situação alvinegra

Fantasma vai subir no ranking da CBF, mas depende do Athletico para vaga

lance de Tomás Bastos na partida entre Operário e América Mineiro pela Copa do Brasil 2020
Em 2020, Operário pegou o América Mineiro na segunda fase da Copa do Brasil. Foto: Arquivo OFEC/José Tramontin

A CBF divulgará em fevereiro – logo após o encerramento da Série A – o Ranking Nacional de Clubes, que computa o desempenho das equipes nas últimas cinco temporadas em competições organizadas pela Confederação. Uma projeção realizada por especialistas mostra que, independentemente da posição em que terminar a Série B 2020, o Operário Ferroviário aparecerá em 43° lugar, podendo alcançar a marca máxima de 3.931 pontos.

Será a melhor posição da história do Fantasma, que atualmente está na 50ª colocação com 2.546. Apesar do crescimento de sete posições que ocorrerá na nova atualização, o Operário não atingirá um lugar suficiente para estar entre os dez convidados da CBF para a Copa do Brasil. Segundo os critérios da Confederação, dez clubes que não conseguiram vaga via Estaduais são convocados de acordo com o posicionamento no Ranking Nacional.

A mesma projeção que coloca o Operário em 43° mostra que, no máximo, os convites devem atingir o 40° colocado do ranking. No ano passado, por exemplo, o último dos dez convidados foi o Brasil de Pelotas, que estava no 39° lugar.

Mas isso não significa que o Fantasma já está fora da Copa do Brasil 2021. Há ainda uma chance: torcer pelo bom desempenho do Athletico Paranaense na reta final do Brasileiro. Se o Furacão ficar entre os nove primeiros da Série A, deve se classificar direto para a terceira fase da Copa do Brasil e automaticamente abrirá vaga para o 5° colocado do Paranaense 2020: o Operário.

Como funciona?

Na Copa do Brasil da próxima temporada, 12 clubes vão entrar diretamente na terceira fase: os sete primeiros do Brasileirão, o campeão da Copa do Brasil (Palmeiras ou Grêmio), o campeão da Libertadores (Palmeiras ou Santos), o campeão da Copa do Nordeste (Ceará), o campeão da Copa Verde e o campeão da Série B (América-MG ou Chapecoense).

Como Palmeiras, Grêmio, Ceará e Santos estão entre os melhores da Série A, a tendência é que as vagas diretas via Brasileirão cresçam na mesma medida de acordo com a classificação dos clubes. Por isso, o Operário necessita que o Athletico fique pelo menos entre os nove primeiros da elite nacional. Atualmente o Furacão é o 12° colocado – três pontos atrás do 9°: o Corinthians.

Caso se concretize a boa campanha e o rubro-negro vá direto à terceira fase, o estado do Paraná terá na primeira etapa da Copa do Brasil 2021: Coritiba (vice-campeão estadual), FC Cascavel (3° colocado), Cianorte (4° colocado) e Operário (5° colocado).

O Paraná Clube deve se classificar pelo ranking e o Londrina pode seguir o mesmo caminho, pois ainda estará à frente do Fantasma na lista de clubes da CBF.

O ranking

O Ranking Nacional de Clubes da CBF só considera o desempenho das equipes nas últimas cinco temporadas. Ou seja, a atualização que será divulgada pela Confederação Brasileira no final de fevereiro contemplará para o Operário a Copa do Brasil 2016, a Série D 2017, a Série C 2018, a Série B 2019, a Copa do Brasil 2020 e a Série B 2020. Será excluído da pontuação o desempenho do Fantasma na Série D 2015 por conta do tempo expirado.

O peso da pontuação diminui quanto mais antiga é a campanha. Ou seja, as campanhas da Copa do Brasil 2020 e da Série B 2020 são multiplicadas por cinco; já a Copa do Brasil 2016 tem ‘peso um’.

Copa do Brasil é chamariz financeiro

Todos os clubes do país desejam disputar a Copa do Brasil e com o Operário não é diferente. A competição no formato mata-mata é a ‘galinha dos ovos de ouro’ do calendário da CBF.

Na edição 2020, que tem decisão marcada entre Palmeiras e Grêmio, o campeão vai embolsar R$ 54 milhões pela conquista. O vice fica com R$ 22 milhões.

A simples participação na primeira fase valeu aos clubes R$ 540 mil. O Operário – eliminado pelo América-MG na segunda fase – faturou quase R$ 1,2 milhão.

O dinheiro é ainda mais bem-vindo neste período de pandemia. De acordo com estudo do Itaú BBA, divulgado em agosto do ano passado, a pandemia cortou quase 30% do faturamento dos clubes de futebol, principalmente com bilheteria, vendas de jogadores, direitos de transmissão, contratos de publicidade e perdas em programas de sócio-torcedor.

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