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Veja qual é o perfil dos trabalhadores que ocuparam as vagas de emprego criadas em Ponta Grossa neste ano

Por Millena Sartori/dcmais

De janeiro a novembro deste ano Ponta Grossa somou 5.854 mais contratações do que demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta (23) pelo Ministério da Economia, que leva em conta a movimentação de carteiras assinadas em todos o país. Entre os trabalhadores que ocuparam essas novas vagas de emprego o perfil principal é: homem, com ensino médio completo e de idade entre 18 a 24 anos.

Saiba mais sobre esse resultado: Pela 1ª vez no ano, Ponta Grossa soma mais admissões do que demissões em todos os setores

Entre o saldo de 5.854 novas vagas, praticamente todos (99,35%) são homens. Considerando a escolaridade, 63,3% têm ensino médio completo, 13,7% fundamental incompleto, 10,6% fundamental completo, 5,6% superior completo ou incompleto, 4,5% médio incompleto e 2,3% são analfabetos.

Já o saldo por faixa etária é o seguinte: pessoas de 18 a 24 anos ocuparam 3.092 mais vagas, de 30 a 39 anos 1.261 vagas, de 25 a 29 anos 907 vagas, de 40 a 49 anos 631 vagas e até 17 anos 429 vagas. Pessoas com 50 a 64 anos tiveram saldo negativo de -297 vagas e de 65 anos ou mais, -169 vagas.

Informalidade

Além da pejotização, fenômeno intensificado após a reforma trabalhista que troca funcionários celetistas por terceirizados (muitas vezes microempreendedores individuais/MEIs), a informalidade também ocorre em todos os setores econômicos.

Os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores formais, com carteira assinada, e já mostra que para os homens as oportunidades foram muito maiores neste ano na cidade – até por conta de o setor da construção civil ter sido destaque. Porém, além de serem minoria nos dados oficiais, ainda há mulheres que trabalham na informalidade.

Débora Vaz, de 29 anos, possui ensino fundamental completo e trabalha com limpeza desde nova. Há cerca de 2, 3 anos ela atuava em uma construtora de Ponta Grossa, como terceirizada de outra empresa, na limpeza de final de obra, carregando entulhos e servindo como auxiliar de serviços gerais. Após engravidar, pouco antes de ter os filhos gêmeos ela fez um acordo e saiu do emprego. “O corpo já não aguentava mais, e consegui pegar auxílio-maternidade e o meu FGTS”, conta ela.

Depois de esperar os filhos crescerem um pouco, voltou a trabalhar com limpeza, atuando em casas como diarista. Há cerca de dois meses conseguiu um emprego fixo: em uma nova obra, de construção de casas, mas não entrou nos cálculos do Caged. Questionada sobre se o seu contrato seria temporário, apenas para esta obra, ela contou à reportagem que trabalha como autônoma, sendo chamada por dia.

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