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Em nota, PSOL afirma que ficará neutro no segundo turno e promete oposição na Câmara

Agência Brasil / Arquivo

Em nota encaminhada nesta sexta-feira (20), o diretório municipal do PSOL em Ponta Grossa afirmou que permanece neutro no segundo turno das eleições municipais. No primeiro turno, o candidato do partido, Professor Gadini, obteve 5.029 votos (3,04%), ficando em quarto lugar na disputa à prefeitura; nas eleições para vereador, o partido fez uma cadeira, para um mandato coletivo. No dia 29 de novembro, Mabel Canto (PSC), que obteve 61.702 votos (37,27%) e Professora Elizabeth, que conquistou 51.565 votos (31,15%) disputam o segundo turno das eleições.

Sobre a atuação do PSOL na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, onde o partido conquistou uma cadeira a partir de 2021, a primeira cadeira do partido em Câmaras no Paraná, o diretório municipal já adiantou que mandato popular eleito pelo PSOL deve atuar como oposição ao governo local. Confira a nota enviada pelo PSOL, na íntegra:

“A eleição municipal de 2020 em Ponta Grossa destaca um fato inédito, que precisa ser lembrado: duas mulheres chegam ao segundo, representando grupos políticos que já estiveram ou estão na administração da Prefeitura local.

A candidata da situação representa não apenas o continuísmo da atual gestão (PSDB, PSD, PV e Avante), que dura oito anos, mas em boa medida os oito anos da administração anterior e, pois, traduz praticamente 16 anos de um mesmo grupo à frente da Prefeitura de PG, responsável por incontáveis problemas de gestão, falta de transparência e prioridades administrativas que deixam problemas sociais expostos na vida da população pobre da Cidade. Um rápido olhar nos problemas de PG indica claramente que não se pode ter qualquer ilusão com o continuísmo que reproduz vícios em troca de cargos comissionados no Palácio da Ronda.

A outra candidata representa uma coligação de diversos partidos (PSC, Podemos, PSB, Cidadania, PP e PDT), agregando grupos que estavam no governo local até a eleição e integram a base dos governos Ratinho (PSD) e Bolsonaro (PSL), como é o caso do PSC que vota contra os direitos dos trabalhadores, seja no Congresso Nacional ou na Assembleia Legislativa do Paraná, onde a própria candidata votou, desde que assumiu como deputada, contra direitos de aposentadoria conquistados por servidores públicos, apoiou a destinação e o uso de dinheiro de escola pública para colégios militares, além de aprovar o fim de licença especial para servidores e professoras do Estado do Paraná. Não parece sobrar ilusão com quem vota pela retirada de direitos de trabalhadores para se manter alinhada ao governo de plantão.

O mandato popular eleito pelo PSOL na Câmara Municipal deve atuar como oposição ao governo local, a partir de janeiro de 2021, pela simples constatação de que, seja quem for o vencedor da eleição, não se pode compactuar com nenhum desrespeito aos direitos de trabalhadores e trabalhadoras, bem como à solução dos grandes problemas vivenciados pela população da Cidade.

Diante deste cenário, a direção municipal do PSOL em PG espera que os simpatizantes, colaboradores, filiados ou eleitores do Partido façam a escolha de acordo com a própria consciência e análise individual, pois não cabe à direção fazer qualquer indicação de voto.

E não restam dúvidas de que, seja em PG, no Paraná ou Brasil, é preciso organizar as lutas da maioria da população para enfrentar os desmandos de governos que estão serviço de poderosos, grupos financeiros e defensores da privatização de serviços e do patrimônio público, como acontece no país.

Fortalecer as lutas da maioria de pobres não é uma tarefa apenas do PSOL, mas de todas organizações sociais e coletivas e partidos que assumem a defesa dos direitos humanos e a dignidade de milhões de pessoas desrespeitadas.

Vamos seguir em luta, nas ruas, praças, espaços públicos e, a partir de 2021, também na Câmara Municipal de Ponta Grossa”.

Diretório Municipal do PSOL em PG

Ponta Grossa/PR, 19 de Novembro de 2020.

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